Estamos doentes, muito...
É engraçado como o mundo está cheio de pessoas sofrendo e poucos são os sensíveis. Estive ontem num local reservado para um momento espiritual. E entre uma oração e outra, ouvia um choro soluçante, uma espécie de dor da alma. Em primeira ordem, segurei meu instinto abraçador, afinal nem todo mundo está disposto a se abrir. Mas depois de meia hora, achei por bem intervir, estendi a mão, dei-lhe um abraço e disse: eu não sei qual é o seu problema, se quiser pode deitar no meu ombro, mas se não, deixe-me segurar a sua mão, não desista! Por ali permanecemos sei lá quanto tempo, até o choro cessar. Mas saí aliviada.
Minutos depois, encontro uma amiga que entre lágrimas e sorrisos, me abraça e conta toda a sua história em segundos: na família estão todos vivendo um momento de dor, descontentamento. Desemprego, depressão, tristeza. Eu a ouvi atentamente e não disse nenhuma palavra, apenas esperei o seu desabafo, amarrada num abraço.
À tarde, numa rede social, vi o desespero de um pai que procurava o filho, desaparecido há mais de 24 horas, após enviar mensagem para a ex namorada, dizendo que ninguém jamais o veria, e para minha surpresa aparece alguém para dizer que o que falta ao filho é algo para fazer, que queria apenas atrair a atenção.
E pra fechar com chave de ouro, uma amiga de Belo Horizonte, decidiu se abrir e contar sobre a sua história de depressão e ansiedade, discorrendo abertamente sobre cada detalhe, inclusive sobre automutilação e tentativa de suicídio (ela me disse pra escrever sobre a luta dela, dia desses). Tem ensino superior completo, é especialista, tem mestrado, doutorado e sofre...
Porque relatar tudo isso? Apenas para atestar a nossa ignorância. As doenças relacionadas à emoção e aos sentimentos são tão grave quanto uma peste ou um tumor maligno. É algo que não escolhe cor (brancos,negros), credo (padres, pastores, agnósticos), não escolhe grau de instrução, nem pobre, nem rico, escolhe gente e se você é humano pode ser o próximo. Então, tenhamos mais cuidado e empatia, não por sermos potenciais, mas por sabermos que o outro é um labirinto, e por vezes, de onde menos se espera, é que vem!
Numa sociedade de gritos, seja você o silêncio que anima, a esperança que renasce num abraço, estamos todos carentes, e quase sempre, carentes de nós mesmos. Só é preciso se encontrar e pra isso valem alguns anjos. Você já ouviu alguém hoje?
É engraçado como o mundo está cheio de pessoas sofrendo e poucos são os sensíveis. Estive ontem num local reservado para um momento espiritual. E entre uma oração e outra, ouvia um choro soluçante, uma espécie de dor da alma. Em primeira ordem, segurei meu instinto abraçador, afinal nem todo mundo está disposto a se abrir. Mas depois de meia hora, achei por bem intervir, estendi a mão, dei-lhe um abraço e disse: eu não sei qual é o seu problema, se quiser pode deitar no meu ombro, mas se não, deixe-me segurar a sua mão, não desista! Por ali permanecemos sei lá quanto tempo, até o choro cessar. Mas saí aliviada.
Minutos depois, encontro uma amiga que entre lágrimas e sorrisos, me abraça e conta toda a sua história em segundos: na família estão todos vivendo um momento de dor, descontentamento. Desemprego, depressão, tristeza. Eu a ouvi atentamente e não disse nenhuma palavra, apenas esperei o seu desabafo, amarrada num abraço.
À tarde, numa rede social, vi o desespero de um pai que procurava o filho, desaparecido há mais de 24 horas, após enviar mensagem para a ex namorada, dizendo que ninguém jamais o veria, e para minha surpresa aparece alguém para dizer que o que falta ao filho é algo para fazer, que queria apenas atrair a atenção.
E pra fechar com chave de ouro, uma amiga de Belo Horizonte, decidiu se abrir e contar sobre a sua história de depressão e ansiedade, discorrendo abertamente sobre cada detalhe, inclusive sobre automutilação e tentativa de suicídio (ela me disse pra escrever sobre a luta dela, dia desses). Tem ensino superior completo, é especialista, tem mestrado, doutorado e sofre...
Porque relatar tudo isso? Apenas para atestar a nossa ignorância. As doenças relacionadas à emoção e aos sentimentos são tão grave quanto uma peste ou um tumor maligno. É algo que não escolhe cor (brancos,negros), credo (padres, pastores, agnósticos), não escolhe grau de instrução, nem pobre, nem rico, escolhe gente e se você é humano pode ser o próximo. Então, tenhamos mais cuidado e empatia, não por sermos potenciais, mas por sabermos que o outro é um labirinto, e por vezes, de onde menos se espera, é que vem!
Numa sociedade de gritos, seja você o silêncio que anima, a esperança que renasce num abraço, estamos todos carentes, e quase sempre, carentes de nós mesmos. Só é preciso se encontrar e pra isso valem alguns anjos. Você já ouviu alguém hoje?