NUNCA MAIS

As pessoas do mundo não andam bem.

Isto eu imagino.

Ou será que eu não ando bem?

Sei lá... E neste contexto imagino que precisamos de mudanças.

Mudanças?

De sistema, de políticos, de regime, de conhecer a história...

Mas a história se repete...

E eu me lembro dos mártires, Jesus Cristo, Hipátia, Zumbi, Dandara, Aqualtune, Luísa Mahin, Frei Tito, Ferreira Gullar, à direita do Pai Eterno e tantos outros que estão nas esquinas, museus, porões, ou em um ponto qualquer deste mundo...

Hoje trinta e um de março e a história se repete...

Será que eu retornei a era do calar?

Não, não, porque eu estou em um país democrático, portanto...

Em um tempo não distante é bem provável que retornem aos filmes, documentários, músicas: - “Pai, Afasta de mim este cálice pai”

Eu não sei o que se passa na essência do poeta, e se este verbete cálice quer dizer:

Cale-se – do verbo calar

Cálice – analogia ao vinho ofertado a Jesus.

Eu sei Chico que estou a escrever sem noção, mas a tua aflição resumiu-se em um único verbete e enes possibilidades, como posso resumir no momento a minha angústia?

Este novo episódio dá a impressão de estarmos em um país às avessas.

E?

Resta-me pedir ao Pai Eterno que afaste o cálice de vinho tinto de sangue e nunca mais predomine o cale-se.

Ditadura nunca mais.

Quando reescrevemos a história ela toma um outro rumo.

Porque o que nós precisamos é viver em fraternidade e proliferar o amor.

Genuzi
Enviado por Genuzi em 01/04/2019
Reeditado em 01/04/2019
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