Licor da Bajulação

Não, não procede a afirmação que a bajulação hoje seja superior a de ontem (do passado). Na verdade, a bajulação, principalmente ao poder e aos poderosos, sempre esteve em alta. Ontem e hoje. Não não era mais comedida no passado. Lendo a história sempre nos deparamos com bajulaçõees execráves, explícitas, asquerosa e, of course, ridículas.

Vamos a um desses casos verdades de bajulação explícita na chamada República Velha. Conta-se que osenador gaúcho, Pinheiro Machado, um dos graúdos do poder, dava as cartas e jogava de mão, residia na época no Rio que er capital do país, resolveu fazer um almoço para reunir a classe política e passar as ordens (era a tal base de sustentação da época). Depois do lauto almoço, foi oferecidoaos comensais um cálice de licor. Foi unânime os elogios ao licor, camaram até maná dos céus.Nunca tinham provado um licor tão arretado. Só que o garçon (despedido no hora que nem caldo de cana pelo semador)simplesmente trocara as garrafas (algo parecido com esquete de palhaços de circo), em vez do licro serviu o xarope de Dona Nanã, a esposa do senador. Tomaram, portanto, o xarope da bajulação e se embriagaram em elogios.

Parece até mentira, mas é um episódio da história do país, uma história permeada de subserviência, chaleirismo, bajulção explícita e capachice, vício maldito da classe política que nunca arrefeceu. Os capachos são capazes de tudo para agradar os poderosos, até de eogiar xarope como se fosse licor fino. Ah, Brasil. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 31/03/2019
Código do texto: T6612264
Classificação de conteúdo: seguro