Sob o Véu Nocturnal (O Tempo se Aproxima)
A fotografia do filme também envelheceu. Também, quer o que? Original de época... Um símbolo (a nós que vivemos no passado; presos no tempo; escravos de nossas memórias).
Eu já te disse antes
Mas far-lo-ei novamente:
Quando se vive em carne e osso
Caminha-se para o fundo do poço...
Respire fundo -- o mundo continua. A gente é que pira. Que para. Que trava. Que desafina. Ante os desatinos dos destinos demais aos cruzarem nosso caminho ao passo em que passamos pelas encruzilhadas... Há muito tempo amanhontem...
Somos Fugitivos como os Anos em Fuga aos quais nos apegamos...
A gente escolhe, escorrega, sofre, anda na corda bamba.
O ontem é um palco inerte. Paradão -- lá no fundo de nosso coração.
Oh... a carne e o poder que ela mantém...
Plenamente nesse plano.
A alma canta. Suave é a noite em que se enleva. Véu nocturnal que cobre de benções atemporais os que se amam encostados naquele muro... Ah, o Ano Dois! Falecida! Falecida! Estou aqui! Abra as Portas de tua Casa novamente para mim, Falecida! Não é Você quem eu quero, mas adentrar aquela tua Casa novamente! Segurar tuas mãos novamente! Ser aquele jovem novamente! Estar ao teu lado à mesa de fórmica vermelha. Eu e você, Falecida!