A RODA DO TEMPO
Crônica de:
Flávio Cavalcante



     A corrida do nosso dia a dia parece apagar da nossa mente que a nossa vida é igual a uma imensa roda gigante; uma hora estamos por cima ao passo que em outro momento estamos por baixo e assim sucessivamente. A cada volta, completa um ciclo imperceptível para a nossa concepção carnal. Ínfimos momentos passam como um relâmpago diante de nós e tudo num piscar de olhos. O que parece ser presente, na realidade já passou.
 
     A roda do tempo não pára de girar. O nosso ciclo de vida é igual a esta roda gigante.  Saímos do baixo para o pico mais alto e depois retornaremos ao ponto de origem onde tudo começou.
 
     É surpreendente como este exemplo faz jus ao tema abordado. Nascemos crianças e se vivemos naturalmente todo nosso ciclo, morremos criança retornando ao nosso ponto de origem. É o nosso começo e o nosso fim aqui na vida material.
 
     Lamentavelmente existem pessoas que apenas passam pela vida, sem construir absolutamente nada para o desenvolvimento espiritual. Vivem em função da matéria e levam a vida inteira plantando um Jardim de flores artificiais. Impérios de ganância; esquecendo porém, que nada poderá levar para a sua real moradia. 
 
     A roda do tempo deixa muito bem claro, que tudo aqui é ilusória e passageiro. Esquecem também, que viemos ao mundo da matéria com absolutamente nada e retornaremos ao nosso ponto de origem sem absolutamente nada.
 
     Segundo especialistas, o mundo terreno é uma prova para sabermos se estamos aptos a lhe dar com os prazeres do mundo sem se deixar envolver. O difícil e fixarmos na nossa mente que a matéria é perecível, ou seja, tem prazo de validade e o que construímos de material ao "Longo de nossa vida, é de fato eterno, mas, não nos pertence. Com exceção aos bons ou ruins ensinamentos que adquirimos ao longo da nossa estrada aqui na vida terrena.
 
     O psicólogo Arthur Diniz de Albuquerque diz em seu livro que somos personagens aqui na terra. Vivemos uma história que se repete a cada dia. Fico perplexo com as verdades expostas nessa frase do professor Arthur. De fato, a roda do tempo não para e somos personagens de um roteiro real e repetitivo. Parece que a vida nos dá oportunidade de vivermos a mesma história todos os dias para repararmos os erros e acertos. Os prazeres errôneos do mundo são maiores do que os sacrifícios que devem ser angariados para o nosso conhecimento. O vício de adquirir o material é estrondosamente maior do que construir uma base firme espiritual. O querer ter é bem maior do que o querer aprender.
 
     O tempo dá tudo de almejamos na matéria e a roda do tempo não pára, deixando muito bem claro que nada que produzimos aqui nos pertence de fato. O que aprendemos no decorrer desse filme real é o que devemos guardar; pois, será usado em prol ou contra nós mesmos durante toda eternidade. Deixa claro também que somos os nossos próprios advogado e juízes e a nossa consciência dará a sentença final se somos culpados ou não; se estamos aptos para continuar a nova etapa na vida espiritual olhando para trás e só enxergarmos um belo plantio e aprendizado e ensinamentos e não um caminho pedregoso e cheio de espinhos, martelando nessa mesma consciência de que precisamos voltar para pôr em ordem a casa que um dia deixamos desarrumada.
 
 
FIM
 
 



 
 
 
 
 
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 28/03/2019
Código do texto: T6609420
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