CREDIBILIDADE NOS GOVERNOS.CONSCIENTIZAÇÃO POPULAR.

A permanente incerteza; assim estamos.Gerir algo sem credibilidade. Impossível! Sem confiança não há credibilidade.

O que me alimenta e me traz o mínimo de segurança teve como antecedente aquilo em que acreditei para realizar-se, e se realizou, nem que seja em parte, mas que veio à publicidade com sinceridade, sem condão de enganar quem pode ser enganado. Esse o pilar da gestão pública. Transparência, franqueza mesmo rude, necessidade extrema, verdade.

Na representação pública essa credibilidade se escora na votação de quem me representa na partilha do que se arrecada e é distribuído em serviços e meios de organizar a sociedade política e economicamente. Um velho romance de ficção, porém ainda colhendo aceitação por credibilidade. Aquela asfixia que respira por tubos...

E há a tal da “memória curta”, contra o que nada podemos. O depois confirma o antes. Estão aí de novo políticos defenestrados até da presidência da república. E continuam o ritual da aposta na amnésia. Os políticos são os profissionais que assim nos ensinaram como desservir.

Quando, contudo, o bolso sente, não há mais credibilidade, como no momento, pelo que se disse e não se realizou. Então a representação se esvazia. Essa é a única oposição fortíssima, o bolso vazio. A coisa muda, não é mais uma memória esquecida que perdoa por esquecimento.

O jeitinho que dá um jeito muda. É o que acontece no Brasil na atualidade. O fiel da balança é o bolso. Sempre foi.... Mesmo os que por desinformação ainda acreditavam em alguma coisa sabem que bolso vazio não mente. E NÃO É PREVIDÊNCIA REFORMADA QUE VAI RESOLVER, MUDARAM EM 2003 PARA RESOLVER, COLOCARAM APOSENTADOS PAGANDO APOSENTADORIA PARA SEUS DEFUNTOS. RESOLVEU? NÃO!! TEM QUE RESTRINGIR GASTOS, ORGIAS, CARTÕES CORPORATIVOS, CARROS OFICIAIS, PASSAGENS OFICIAIS DE VOOS, DIÁRIAS NO EXTERIOR PARA CURSOS, SONEGADO O TRBALHO PÚBLICO,PARA O QUAL SÃO REMUNERADOS,ETC.A

Perdemos a credibilidade que tínhamos, não só os descrentes por informação obtida ou os enganados por serem alimento de quem engana.

O fenômeno estatístico é matemático, amostragem. O direito atuarial que comanda a previdência diz que ela não é fomento de passivo, mas bolsa de resgate de saques de contingenciamento dos governos, desde a ponte Rio/Niterói, feita com dinheiro da previdência.

A credibilidade é o passo fundamental e inicial para reformas.

Estamos em um momento que nada de credibilidade se acerca dos fatos no nosso país; compreende-se. Ao contrário, temos a descrença acompanhada da revolta que é total. E revolta traz revolta. Esse o grande risco, mas inegavelmente estamos no limiar de revolução de estruturas políticas (há conscientização popular fortíssima, nunca vista antes, da corrupção do público/privado), principal e indispensavelmente de reforma tributária, que trate todos como iguais, com isonomia como o “tax” americano, onde há justiça e desburocratização, cada um paga de acordo com seu consumo, com sua base de cálculo no ato de adquirir bens, mais ou menos, fora os impostos diretos. Uma justiça fiscal desse passo que deveria se aliar à diminuição do Estado.

Necessários são requisitos políticos para implantação das reformas inadiáveis. Esse o impasse. Reforma política básica (sempre sonhada e nunca realizada) com voto distrital-misto que possibilite reformas subsequentes.

Assoma o ideal tributário que seria o imposto único que apanharia a todos na circulação da moeda pelo sistema financeiro-bancário brasileiro que é altamente aparelhado para esse fim. Interessa? Sim, e muito, há projeto que dorme nas gavetas legislativas visando esse fim. Não interessa à fiscalização e seus agregados, políticos, pois desmonta a grande corrupção no setor.

É assim o direito, existe para realizar-se, política é direito, ciência do direito, e a grande monumentalidade do direito é a credibilidade. Se o direito não se realiza perde a credibilidade. E assim estamos, faz tempo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 27/03/2019
Reeditado em 27/03/2019
Código do texto: T6608956
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