DEBAIXO DA LUA - BVIW
Lucas recebera uma visita. Como não estava em casa, um recado deixado debaixo da porta lhe parecia estranho: Olha, eu estive aqui, mas cansei de esperar. Para me encontrar agora, só se for debaixo da lua. Parecia letra de garota, mesmo. Ele sorriu. Mas não sabia de quem se tratava. De qualquer forma, ao sair para trabalhar na manhã seguinte, colou com fita umas indagações: Lua de que dia? Qual horário? Por que você não telefona?
Mas nada do telefone tocar. Ao voltar para casa deu de cara com o bilhete do jeito que deixara. Abriu a janela, olhou a noite de lua cheia. Esticou o pescoço para ver se enxergava boa parte da rua. Nada. Apenas o leve balançar de algumas folhas nas árvores. Resolveu tomar banho e pensar que tinha um compromisso debaixo da lua.
Lá fora perguntou a um senhor que passava se tinha algum lugar chamado “lua” pelas redondezas. – Tem a praça da lua a três quarteirões daqui. A coisa começava a fazer sentido. Caminhou a passos largos. Não fosse uma garota bonita, pelo menos respiraria um ar puro. Avistou a praça. Uma velhinha sentada em um banco acarinhando um cachorrinho lhe disse. – Ela já foi! Mas pediu para dizer que volta amanhã debaixo da lua.
Lucas recebera uma visita. Como não estava em casa, um recado deixado debaixo da porta lhe parecia estranho: Olha, eu estive aqui, mas cansei de esperar. Para me encontrar agora, só se for debaixo da lua. Parecia letra de garota, mesmo. Ele sorriu. Mas não sabia de quem se tratava. De qualquer forma, ao sair para trabalhar na manhã seguinte, colou com fita umas indagações: Lua de que dia? Qual horário? Por que você não telefona?
Mas nada do telefone tocar. Ao voltar para casa deu de cara com o bilhete do jeito que deixara. Abriu a janela, olhou a noite de lua cheia. Esticou o pescoço para ver se enxergava boa parte da rua. Nada. Apenas o leve balançar de algumas folhas nas árvores. Resolveu tomar banho e pensar que tinha um compromisso debaixo da lua.
Lá fora perguntou a um senhor que passava se tinha algum lugar chamado “lua” pelas redondezas. – Tem a praça da lua a três quarteirões daqui. A coisa começava a fazer sentido. Caminhou a passos largos. Não fosse uma garota bonita, pelo menos respiraria um ar puro. Avistou a praça. Uma velhinha sentada em um banco acarinhando um cachorrinho lhe disse. – Ela já foi! Mas pediu para dizer que volta amanhã debaixo da lua.