Beletristas UFMG/1969
Foi em petit-comité mesmo que se deu o re-encontro mais recente dos Beletristas uefemegistas de 1969. O citado evento, arrumado ad hoc, para homenagear a Frau Mariângela, que nos visita ocasionalmente, só não contou com maior participação presencial pelo que suponho ...ser período quaresmal...Nada contra as crenças e as obrigações religiosas, inobstante.
Assim, graças à pródiga - comme d´habitude, aliás - anfritrionice de Dolores e Márcio, pudemos reviver bons momentos idos, vividos, e revividos. E quanta memória não circulou entre os goles sedentos e até golosos da Heineken, y los bocadillos sin fin...
Frau está ótima e nossa volúpia de falar, movida pelo álcool e saudades quase a sufocaram. Mas foi tudo bem compartilhado muitas vezes até em um tom mais elevado. Luiz Gonzaga, impagável, atualizou-me sobre as linhas de ônibus da capital de nossa era e a nota triste foi que o Raimundo Barroso, chauffeur da linha dois, Carlos Prates, anda passando por crises de esquecimento, e dando o troco além da medida...
Éramos 4, os remanescentes presentes, mais os cônjuges que puderam participar e oferecer o ouvido atento e aprovador às nossas agruras e estripulias que el tiempo insiste en borrar... Maria Eugenia (pronuncia-se oiguênia...), o empedernido torcedor do América, e nosso anfitrião Márcio, Gonzaga, já citado, e moi, que nem Antônio, calado.
Da memória coletiva que aflorou, conseguimos nomear e tecer alguma consideração - afetiva e apreciativa - de uma boa parcela daqueles fogosos jovens que adentravam os umbrais de Dona Ângela Tonelli Vaz Leão, nossa diretora, hoje quase centenária, e sempre incendiária na vida literária.
Pergunto-me se nossos demais colegas dos diplomas de inglês e de francês não estariam fazendo algo semelhante, em reencontros periódicos...Quem sabe se nossas turmas não poderiam eventualmente fundir-se e se confundir, já que agora, o ânimo nem é mais competir, senão, distrair?
E o que anima é que cumprido deleitosamente esse último cinquentenário, já se suscitou, com o vigor e a esperança habituais, uma mega-celebração de nosso centenário...?