Tem um pouco de afeto aí?
Não se conformava com as mazelas do mundo, afinal aprendeu bem cedo que tudo que lhe saía do bolso tinha um custo: ora era uma moeda propriamente dita, ora uma ausência vestida de prata.
Eis porque não desistia de gritar contra a imposição de uma democracia deturpada, pois, sabiamente entendia que o que se aplicava na "disputa pelo poder" era a opressão vestida de participação social, na qual, a maioria era vencida pela minoria em virtude de uns vinténs trocados por escravos, aliás, por causa de alguns escravos que se vendiam por vinténs, e logo, entregavam de bandeja a liberdade de ir e vir e de ser e estar.
Na tentativa de abrir os olhos de alguns, ele gastava seu precioso tempo plantando letras de serenidade, suspiros de alívio nas conclusões acertadas, consciência crítica nas indagações e intensas interrogações bem colocadas.
Se revoltava cada vez que uma verba pública era desviada porque assim sabia que mais um cidadão não fugiria da covardia de uns e outros.
Se retorcia todo quando ouvia a ladainha que os homens de poder rezavam de joelhos diante dos deuses que eles inventavam.
Se culpava por ser intolerante, ansioso, às vezes arrogante (e quem não é), mas jamais saia de casa sem um sorriso. Era sim de natureza, o guia, passeava entre a paz e a utopia, era uma explicação da harmonia.
Quando via a dor no outro, se compadecia.
Quando sentia uma alma fria, a aquecia.
Se via a fome, mudava seu nome, mas a comida promovia.
Se era vítima de destemperança não deixava de sonhar.
Se o amor lhe faltava, mesmo assim, distribuía sorrisos inebriantes.
E nunca se cansou:
De cantar uma canção de amor.
De lutar pelo que restou.
De plantar a flor que nunca brotou.
De perfumar o ar de quem encontrou.
De evocar o amor, quando enfim respirava.
E de tanto ver a dor assolar alguns, se vestiu de Prada e tomou-a para si mesmo.
Agora vive no compasso, dançando na chuva do amor, porque àquele que vê a vida como milagre, jamais desistirá do próximo suspiro.
E por assim viver, tomado pela emoção de uma nação, alfineta as "costuras" para exigir que elas sejam consertadas; tira a prova daquilo que mandou fazer; as vezes apertam demais de um lado, soltam demais do outro, fazem bainhas curtas e esquecem as casas e seus botões. Mas ele não desiste, é brasileiro, tem pouca ginga no pé mas também não perde a fama do mineiro, "come quieto", sem exageros... Tem sempre um prato bom para servir aos companheiros.
Quando, diante da falta de zelo, com aqueles que a vida colore os cabelos, exige sem preconceito, poxa, não tem um pouco de afeto ai?
Mas de tudo que me enche o peito, desse camarada que a vida desenhou, não faço lembrar de nenhum desfecho que dele não me orgulhei...
O vejo como um belo dia, que ao nascer nos transfere a alegria e ao findar deixa o seu perfume no ar.
Difícil descrever pessoas de bem, afinal elas já vem escritas!
Não se conformava com as mazelas do mundo, afinal aprendeu bem cedo que tudo que lhe saía do bolso tinha um custo: ora era uma moeda propriamente dita, ora uma ausência vestida de prata.
Eis porque não desistia de gritar contra a imposição de uma democracia deturpada, pois, sabiamente entendia que o que se aplicava na "disputa pelo poder" era a opressão vestida de participação social, na qual, a maioria era vencida pela minoria em virtude de uns vinténs trocados por escravos, aliás, por causa de alguns escravos que se vendiam por vinténs, e logo, entregavam de bandeja a liberdade de ir e vir e de ser e estar.
Na tentativa de abrir os olhos de alguns, ele gastava seu precioso tempo plantando letras de serenidade, suspiros de alívio nas conclusões acertadas, consciência crítica nas indagações e intensas interrogações bem colocadas.
Se revoltava cada vez que uma verba pública era desviada porque assim sabia que mais um cidadão não fugiria da covardia de uns e outros.
Se retorcia todo quando ouvia a ladainha que os homens de poder rezavam de joelhos diante dos deuses que eles inventavam.
Se culpava por ser intolerante, ansioso, às vezes arrogante (e quem não é), mas jamais saia de casa sem um sorriso. Era sim de natureza, o guia, passeava entre a paz e a utopia, era uma explicação da harmonia.
Quando via a dor no outro, se compadecia.
Quando sentia uma alma fria, a aquecia.
Se via a fome, mudava seu nome, mas a comida promovia.
Se era vítima de destemperança não deixava de sonhar.
Se o amor lhe faltava, mesmo assim, distribuía sorrisos inebriantes.
E nunca se cansou:
De cantar uma canção de amor.
De lutar pelo que restou.
De plantar a flor que nunca brotou.
De perfumar o ar de quem encontrou.
De evocar o amor, quando enfim respirava.
E de tanto ver a dor assolar alguns, se vestiu de Prada e tomou-a para si mesmo.
Agora vive no compasso, dançando na chuva do amor, porque àquele que vê a vida como milagre, jamais desistirá do próximo suspiro.
E por assim viver, tomado pela emoção de uma nação, alfineta as "costuras" para exigir que elas sejam consertadas; tira a prova daquilo que mandou fazer; as vezes apertam demais de um lado, soltam demais do outro, fazem bainhas curtas e esquecem as casas e seus botões. Mas ele não desiste, é brasileiro, tem pouca ginga no pé mas também não perde a fama do mineiro, "come quieto", sem exageros... Tem sempre um prato bom para servir aos companheiros.
Quando, diante da falta de zelo, com aqueles que a vida colore os cabelos, exige sem preconceito, poxa, não tem um pouco de afeto ai?
Mas de tudo que me enche o peito, desse camarada que a vida desenhou, não faço lembrar de nenhum desfecho que dele não me orgulhei...
O vejo como um belo dia, que ao nascer nos transfere a alegria e ao findar deixa o seu perfume no ar.
Difícil descrever pessoas de bem, afinal elas já vem escritas!