A conta veio mais cara

Tomé era singelo, um exemplo de pessoa, cuidava das flores e de quem mais precisava dele. Ele fazia jornalismo e só queria a verdade, pena que ele pouco conhecia a realidade.

Ele fazia seu nome: só acreditava vendo. Dessa vez ele foi almoçar num restaurante japonês, pediu 2 pratos. Observou muito bem todos que estavam e saiam, seus pratos e comandas.

Acabou a refeição e ele arrotou alto. Deu passos bem discretos e parou na fila do caixa esperando sua vez. Mas, Juliana, que já estava pagando, deixou uma nota de 10 reais cair de sua bolsa de couro. Ela passou o cartão e ele a mão na nota.

Nosso Tomé viu Juliana saindo do estabelecimento, escondendo a nota no bolso ficou pensativo. Eis que Lúcia, uma senhora de 50 anos se pronunciou:

- Ô, mocinho, sei quem você é e o que você quer. Um cara como você, honesto, não devia fazer isso. Vai devolver pra ela.

O moço preocupado foi decepcionado dar o troco para a moça que atravessa a rua. Apertando o passo, chegou nela e disse:

- Moça, moça! Acho que deixou cair isso da sua boclsa.

- Nossa! Sinto muito te incomodar, bonitinho. Obrigada mesmo, toma meu número - disse seriamente.

- O quê? Ah, uau, beleza, eu te ligo depois - Disse envergonhado.

- Eu sei. Sou advogada e você saiu do restaurante sem pagar. Você sabe que a polícia daqui quebra pau com coisa besta.

- Ah. - Tomé estava perplexo.

- Tchau tchau! - Juliana piscou para ele e saiu andando.

Tomé ainda olhou para os lados tremendo.

Lá vem 2 policiais convencidos.