Pintaguapos de março
O encontro de março houve, e dele muito ainda se ouve, pois afinal, a todos aprouve. Mas antes que por amor à rima, me mandes plantar couve, deixa que a essa brava gente eu louve:
Fui o primeiro a chegar - naturalmente tendo que sacrificar as lições radiofônicas de Reinaldo Azevedo - e lá encontrei, dos varões, um solitário mas solidário Gilberto Bécaud, que, anfitrião pela vigésima vez, já parecia impacientar-se com os atrasos, já vezeiros e costumeiros dessa turma de cada vez mais lassos e escassos pitangoleiros...
O fulgurante time das luluzinhas, no entanto, já estava formado e embora mantendo certa distância protocolar da machonaria, ia colecionando matéria que daria para preencher pelo menos duas edições especiais de Caras...
E ao fim e ao cabo, foram pingando os empedernidos membros dessa confraria, que sob a Presidência resoluta do prestigiado e afiado Machado, já conta - segundo meus cálculos - um lustro de existência e mais que prazerosa convivência - ainda que não pareça muito afeita ao pluripartidarismo...o mais próximo a que chega é ao bipartidarismo esportivo, onde CAMistas e CECistas se digladiam em todas as arenas possíveis, e impossíveis. Um retrato quase fiel do cenário político norte-americano onde você ou é Republicano ou Democrata, a despeito das dezenas de partidos políticos desses Desastrados Unidos da América...
Aniversariante da vez, entre outros, Duzinho, que não se chama Eduardo, como eu imaginava ser lógico, compareceu e foi festejado por toda a Confraria, na companhia de seus jovens filhos. E Duzinho não perdeu a oportunidade de nos mostrar a todos, o caminho das pedras, notoriamente a turma das turmalinas, que, embora ainda tão verdes, exibem com graça e transparência a prodigalidade de sua presença.
O número de participantes no entanto, e num lugar tão acessível como o Gutierrez, foi abaixo da média costumeira. Também pudera: não só é a Quaresma, como também havia um outro importante evento cultural pitanguiense co-ocorrendo na capital, na voz mais que promissora e encantadora do Moisés Navarro, no Cine Teatro Brasil. E para o nosso consolo, ao menos, o diligente Vandeir, dono do dom da ubiquidade, regalou-nos com um CD of this newborn star, filho de Nalu e Nêgo, e que tem, ademais uma tocante história de vida, e devida, para contar, e cantar.
Minhas tentativas de dar umas baforadas in loco foram repelidas tempestivamente pelos vigilantes e zelosos garçons que, no cumprimento de seu papel marcam sempre a distância - no passeio. Bem diferente, aliás, de nosso Bécaud quando atleta, que simplesmente não dava espaço à respiração ao menos...
Entre registros que não poderiam ser omitidos, a presença, que esperamos se torne regular, do Doutor Mário Alves e de sua Gilda, bem como a do Doutor Pedro Scapolatempore que, desde priscas eras, tem participação efêmera em suas aparições, e sempre escapole a tempore,
antes até da cantata dos parabéns para os aniversariantes do mês quando a Senhora Primeira Dama, invariaVELmente, nos mimoseia com o bolo celebratório...
E o que todos mais sentiram foi a falta pela primeira vez, ao que me consta, do ladroncito de cerezas, Ronnie Viegas, que, suspeitou-se vinha se recuperando de algum implante...por supuesto, muy importante...