TRABALHAR NO JAPÃO
Diante de tanta oferta de emprego na mídia –milhares - , entrei em contato com o agente. Quando soube da minha idade – 80 – procurou dissuadir-me de viajar, colocando inúmeros obstáculos. Nessa idade, disse-me, só tem vez lá no BB: você é atendido preferencialmente.
Mas podia ser porteiro de inferninho, prostíbulo, em Guinzá, bairro chique de Tóquio. Teria de trabalhar todos os dias da semana, de pé, fardado, das 20 às 6 horas, ao léu, na calçada. Mesmo enfrentando o frio ou chuva. Respeitosamente, reverenciar os clientes e abrir a porta a eles. O ordenado não é grande coisa, mas teria alojamento e refeição no local, junto com as garotas de programas.
Fiquei de dar reposta. Não será desta vez que irei ao Japão, com certeza.