O ACORDO DE UM LADO SÓ
O acordo de uma nota só
Quando voltar de sua viagem fantástica aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro estará trazendo para o Brasil, além do chapéu do Mickey e os sapatos do Pateta, um nariz de palhaço e uma trouxa de vergonha.
Assistir o presidente em entrevistas, discursos, ou mesmo olhando para a câmera, tenho a sensação de que vivo um pesadelo, não acredito que aquela pessoa representa o meu país.
Bolsonaro se orgulha, seus eleitores também, de ter feito acordos com os EUA. Não considero que entregar a base de Alcântara, onde os norte-americanos poderão lançar bombas e foguetes;
abolir visto de entrada dos norte-americanos no Brasil, sendo que brasileiros continuarão a pedir visto; oferecer ajuda para deportar brasileiros ilegais dos EUA; visitar a CIA, financiadora de golpes de estado e liberar acessos de brasileiros nas redes sociais, seja um acordo.
Um acordo sugere benefícios para as partes, mas só um lado saiu beneficiado. O outro lado se contentou em lamber os sapatos imundos de Donald Trump.