O ACORDO DE UM LADO SÓ

O acordo de uma nota só

Quando voltar de sua viagem fantástica aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro estará trazendo para o Brasil, além do chapéu do Mickey e os sapatos do Pateta, um nariz de palhaço e uma trouxa de vergonha.

Assistir o presidente em entrevistas, discursos, ou mesmo olhando para a câmera, tenho a sensação de que vivo um pesadelo, não acredito que aquela pessoa representa o meu país.

Bolsonaro se orgulha, seus eleitores também, de ter feito acordos com os EUA. Não considero que entregar a base de Alcântara, onde os norte-americanos poderão lançar bombas e foguetes;

abolir visto de entrada dos norte-americanos no Brasil, sendo que brasileiros continuarão a pedir visto; oferecer ajuda para deportar brasileiros ilegais dos EUA; visitar a CIA, financiadora de golpes de estado e liberar acessos de brasileiros nas redes sociais, seja um acordo.

Um acordo sugere benefícios para as partes, mas só um lado saiu beneficiado. O outro lado se contentou em lamber os sapatos imundos de Donald Trump.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 20/03/2019
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