Procurado a alma gêmea?
Quando Deus criou o mundo, e automaticamente as pessoas (que vieram a partir de uma parte de um barro) ele fez uma a uma.
Depois de ficar horas enamorando a sua obra, afinal era criador, pensou como faria para distribuir as pessoas (estas primeiras) neste mundo que criou. Afinal, eram de carne e osso e não poderiam ser jogadas lá dos céus, de onde se ouvia uma canção de amor. Pensou em recrutar uns ajudantes para esta atividade. Mas quem? Ele estava criando as primeiras pessoas. Pensou... Pensou... E pensou.
- Ora! Ora! Tinha me esquecido dos meus amigos e companheiros que fazem parte da minha estrutura governamental. Vou chamar os anjos. Eles são os mais sensatos atores neste processo. Tenho certeza que me representarão com maestria.
-João! Chame todos os anjos.
E assim foi feito. João convocou todos os anjos do céu para mais aquela missão que acabara de ouvir do pai celestial.
Os anjos chegavam pouco a pouco. Um tanto quanto apreensivos, é claro, era o senhor dos Céus que os chamava. E mal sabia eles para quê.
De repente. Ouve-se um barulho gigantesco. Todos os anjos olharam atentos para saber o que havia acontecido. E do lado esquerdo da cadeira em que se encontrava o Todo Poderoso, esbanjados ao chão, três pequenos anjos, aprendizes que mal sabiam usar as asas.
Todos ficaram em silêncio. Nenhum murmúrio era ouvido. Apenas os olhos se mexiam. Estavam todos na expectativa da reação que teria o Senhor dos Céus. Ele se levanta. Olha com muita seriedade para os pequenos anjos e diz em alto e bom tom:
- O que estão fazendo que ainda não ajudaram a recolher do chão estes que por falta de atenção caíram?
De repente todos os anjos partiram para o mesmo alvo. E vários deles trombaram e causaram novos estragos. Mas o Senhor dos Céus continuava calmo, diante daquela confusão.
Depois de toda a euforia assistida, disse o Senhor:
- Tenho uma missão especial para vocês. Uma missão de anjos, angelical. Tão doce quanto o nome. Criei várias pessoas que irão habitar a terra. E fiz em conjunto. Pra mostrar que o homem e a mulher devem permanecer juntos para a procriação. Preciso que vocês distribuam estas pessoas nos vários lugares deste mundo. Vou colocá-las de par em par em bandejas. E cada um ficará responsável pela sua bandeja, para que a mesma chegue sã e salva no seu destino.
De repente todos começaram a cochichar. E a olhar com desprezo para os pequenos que já haviam causado acidente. Prevendo o que aconteceria com eles na distribuição.
O Senhor dos Céus percebendo o pouco caso em relação aos pequenos reafirmou:
- Todos. Inclusive os pequeninos. Que farão a sua parte nessa missão especial.
E assim foram distribuídas as bandejas. Cada anjo fazia o seu papel na condução dos seres que habitariam a terra.
De repente, em meio aquele numeroso círculo de anjos um deles dá aquele espirro extravagante, e culposamente, esbarra em outro anjo, que esbarra em outro anjo e que de esbarrão em esbarrão todos deixam as suas bandejas caírem. No desespero ainda tentam salvar àqueles que estavam sobre as bandejas, mas infelizmente, cada um caiu aonde o vento soprou, ou onde a sorte encontrou.
É por isso que até hoje cada um procura pela sua alma gêmea, e, inclusive, tem uma dificuldade danada para encontrar. Afinal, quando algo cai do alto, não é possível saber de prontidão onde ele vai pairar.
E assim... Continuam a procurar pelas suas almas gêmeas. Se é que elas existem. Não seria um conto de fadas? E pra terminar, ainda bem que Deus perdoa. Afinal, até ele ficou em dúvida em relação a esta história.
*Este texto tem como pano de fundo uma história de meu saudoso avó que ficou guardada em meu coração. Não há interesse de plágio. A versão posta aqui é com base nos dados revelados.
Quando Deus criou o mundo, e automaticamente as pessoas (que vieram a partir de uma parte de um barro) ele fez uma a uma.
Depois de ficar horas enamorando a sua obra, afinal era criador, pensou como faria para distribuir as pessoas (estas primeiras) neste mundo que criou. Afinal, eram de carne e osso e não poderiam ser jogadas lá dos céus, de onde se ouvia uma canção de amor. Pensou em recrutar uns ajudantes para esta atividade. Mas quem? Ele estava criando as primeiras pessoas. Pensou... Pensou... E pensou.
- Ora! Ora! Tinha me esquecido dos meus amigos e companheiros que fazem parte da minha estrutura governamental. Vou chamar os anjos. Eles são os mais sensatos atores neste processo. Tenho certeza que me representarão com maestria.
-João! Chame todos os anjos.
E assim foi feito. João convocou todos os anjos do céu para mais aquela missão que acabara de ouvir do pai celestial.
Os anjos chegavam pouco a pouco. Um tanto quanto apreensivos, é claro, era o senhor dos Céus que os chamava. E mal sabia eles para quê.
De repente. Ouve-se um barulho gigantesco. Todos os anjos olharam atentos para saber o que havia acontecido. E do lado esquerdo da cadeira em que se encontrava o Todo Poderoso, esbanjados ao chão, três pequenos anjos, aprendizes que mal sabiam usar as asas.
Todos ficaram em silêncio. Nenhum murmúrio era ouvido. Apenas os olhos se mexiam. Estavam todos na expectativa da reação que teria o Senhor dos Céus. Ele se levanta. Olha com muita seriedade para os pequenos anjos e diz em alto e bom tom:
- O que estão fazendo que ainda não ajudaram a recolher do chão estes que por falta de atenção caíram?
De repente todos os anjos partiram para o mesmo alvo. E vários deles trombaram e causaram novos estragos. Mas o Senhor dos Céus continuava calmo, diante daquela confusão.
Depois de toda a euforia assistida, disse o Senhor:
- Tenho uma missão especial para vocês. Uma missão de anjos, angelical. Tão doce quanto o nome. Criei várias pessoas que irão habitar a terra. E fiz em conjunto. Pra mostrar que o homem e a mulher devem permanecer juntos para a procriação. Preciso que vocês distribuam estas pessoas nos vários lugares deste mundo. Vou colocá-las de par em par em bandejas. E cada um ficará responsável pela sua bandeja, para que a mesma chegue sã e salva no seu destino.
De repente todos começaram a cochichar. E a olhar com desprezo para os pequenos que já haviam causado acidente. Prevendo o que aconteceria com eles na distribuição.
O Senhor dos Céus percebendo o pouco caso em relação aos pequenos reafirmou:
- Todos. Inclusive os pequeninos. Que farão a sua parte nessa missão especial.
E assim foram distribuídas as bandejas. Cada anjo fazia o seu papel na condução dos seres que habitariam a terra.
De repente, em meio aquele numeroso círculo de anjos um deles dá aquele espirro extravagante, e culposamente, esbarra em outro anjo, que esbarra em outro anjo e que de esbarrão em esbarrão todos deixam as suas bandejas caírem. No desespero ainda tentam salvar àqueles que estavam sobre as bandejas, mas infelizmente, cada um caiu aonde o vento soprou, ou onde a sorte encontrou.
É por isso que até hoje cada um procura pela sua alma gêmea, e, inclusive, tem uma dificuldade danada para encontrar. Afinal, quando algo cai do alto, não é possível saber de prontidão onde ele vai pairar.
E assim... Continuam a procurar pelas suas almas gêmeas. Se é que elas existem. Não seria um conto de fadas? E pra terminar, ainda bem que Deus perdoa. Afinal, até ele ficou em dúvida em relação a esta história.
*Este texto tem como pano de fundo uma história de meu saudoso avó que ficou guardada em meu coração. Não há interesse de plágio. A versão posta aqui é com base nos dados revelados.