MENINA, MOÇA, MULHER ................ ANA

Era como toda menina nos seus 21 anos de idade. Ainda cheia de sonhos, planos, aspirações, desejos. Tudo nela respirava futuro, tudo nela cheirava a vida, a amor. Seu nome era Ana que em hebraico significa: Cheia de Graça. E era exatamente nesse aspecto que o nome combinava com a dona. De um temperamento forte e determinado nem parecia que ainda estava desabrochando para a vida. Muito embora a vida já tivesse cobrado dela um amadurecimento precoce que a fez transformar de menina em mulher muito rapidamente não escondia dela os traços joviais que ainda ficavam mais presentes em seu rosto quando ela timidamente sorria. De um sorriso doce e meigo, daqueles que desarmam as pessoas. Mesmo carregando traumas e pesos do passado, não deixava isso transparecer e quem olhava nela tinha certeza de estar diante de uma mulher feliz. Despojada de corpo e alma, era de uma verdade transparente, cristalina. Ana que também significa Graciosa, enchia de graciosidade por onde passava, alegrando todos com sua presença. Se a vida em algum momento lhe foi rude, ela superou a tudo e se saiu vencedora, como só as mulheres de personalidade forte conseguem ser. E foi assim num por de sol qualquer, que ela vestiu-se com seu jeito despojado, se perfumou, colocou o seu melhor sorriso e foi ao encontro do seu amor, porque para ela independente de tudo era o amor, que lhe fazia sentir viva e querer sempre mais.

Homenagem especial a Ana Flávia e a todos as mulheres leitoras do Recanto das Letras