Ela só estava de dieta, coitada!
Quando decidia tomar novos rumos em sua vida, Clarisse era bastante determinada.
Acordava cedo, vestia sua nova roupa e corria atrás do prejuízo.
Mas desta vez, Clarisse queria correr de verdade (literalmente)
Acordou, olhou no espelho e falou: você está gorda... Olha suas olheiras... As rugas na testa... A papada no pescoço... O braço pelancudo... O rosto redondo... A barriga de canguru.
“Enfeitou-se de motivação e foi.”
Primeiro na nutricionista.
- Espero que siga a risca o recomendado, daqui há 4 semanas nos vemos para pesar.
Depois na academia.
- Amanhã começaremos, vou fazer os testes.
Clarisse estava deslumbrada e acreditava que tudo daria certo. No primeiro dia Clarisse seguiu a risca o recomendado pela nutricionista. No segundo dia também. No terceiro uma escorregada. No quarto voltou a estaca zero. No quinto chorou.
Na academia, no primeiro dia foi só surpresas. Que teste legal. No segundo, com fome, não conseguiu muita coisa. No terceiro, enrolou. No quarto não foi. No quinto chorou.
Correndo contra o tempo, procurou uma amiga da academia que tomava alguns remedinhos: Termogênicos! No segundo dia... Taquicardia, suor, apagou.
Não desistiu de buscar uma solução mais simples:
-Toma sibutramina. O Lino consegue sem receita, vai lá.
E lá foi Clarisse: _ Lino, Clo falou...
_ Ah, sim. Vai no endereço do cartão depois das 18.
Clarisse não foi a academia, não seguiu a dieta e foi buscar a sibutramina.
Tomou o remédio, ficou zonza, perdeu a fome, enjoou, cabeça doeu. Resistiu. Uma semana e Clarisse não comia, sentia-se mal, mas continuava. Já eram 3 desde o início. Na segunda veria a nutri.
Clarisse não conseguia trabalhar direito, se sentia fraca, começou a tomar só Herbalife, perdeu 5 kg. Faltava 2 dias para a nutri.
- Que bom vê-la. Vamos pesar? Quase seis quilos a menos. Parabéns. Sentiu fome? Teve dificuldade?
- Não. Deu tudo certo.
Clarisse pensava que era a nutricionista a responsável pelo seu bem estar, como se a ela devesse um resultado, e não a si, e foi dar.
Voltou pra casa e dali sibutramina! Mais um dia, dois, e foi pra academia. Chegando lá mais uma novidade: tem um pó aí que seca. Quer?
Nada de exercícios. Clarisse foi atrás do pó. Caminhou 2 km e comprou. Voltou pra casa e pó/comprimido/pó/comprimido.
Era segunda-feira, mais de 10 horas e nada de Clarisse. Sua mãe foi procurá-la. Na cama, sem forças, depois de perder 11 kg estava ela abatida, desidratada e doente.
- Minha filha o que está acontecendo? Vamos ao médico.
- Meu Deus! Insuficiência Renal! Desidratação, anemia, esofagite e depressão. Como? Ela só estava de dieta. Coitada.
Clarisse foi ao fundo do poço. 12 dias de internação e mais 16 de repouso. Saldo: 16 kg a mais.
Clarisse levantou, olhou pro espelho e disse: Fracassada, gorda e infeliz.
Voltou pra cozinha e compulsivamente devorou tudo que achou: sentou-se na frente da TV e foi assistir programas de comida, afinal, ela queria mesmo é vida fácil. E ela tinha.
Quando decidia tomar novos rumos em sua vida, Clarisse era bastante determinada.
Acordava cedo, vestia sua nova roupa e corria atrás do prejuízo.
Mas desta vez, Clarisse queria correr de verdade (literalmente)
Acordou, olhou no espelho e falou: você está gorda... Olha suas olheiras... As rugas na testa... A papada no pescoço... O braço pelancudo... O rosto redondo... A barriga de canguru.
“Enfeitou-se de motivação e foi.”
Primeiro na nutricionista.
- Espero que siga a risca o recomendado, daqui há 4 semanas nos vemos para pesar.
Depois na academia.
- Amanhã começaremos, vou fazer os testes.
Clarisse estava deslumbrada e acreditava que tudo daria certo. No primeiro dia Clarisse seguiu a risca o recomendado pela nutricionista. No segundo dia também. No terceiro uma escorregada. No quarto voltou a estaca zero. No quinto chorou.
Na academia, no primeiro dia foi só surpresas. Que teste legal. No segundo, com fome, não conseguiu muita coisa. No terceiro, enrolou. No quarto não foi. No quinto chorou.
Correndo contra o tempo, procurou uma amiga da academia que tomava alguns remedinhos: Termogênicos! No segundo dia... Taquicardia, suor, apagou.
Não desistiu de buscar uma solução mais simples:
-Toma sibutramina. O Lino consegue sem receita, vai lá.
E lá foi Clarisse: _ Lino, Clo falou...
_ Ah, sim. Vai no endereço do cartão depois das 18.
Clarisse não foi a academia, não seguiu a dieta e foi buscar a sibutramina.
Tomou o remédio, ficou zonza, perdeu a fome, enjoou, cabeça doeu. Resistiu. Uma semana e Clarisse não comia, sentia-se mal, mas continuava. Já eram 3 desde o início. Na segunda veria a nutri.
Clarisse não conseguia trabalhar direito, se sentia fraca, começou a tomar só Herbalife, perdeu 5 kg. Faltava 2 dias para a nutri.
- Que bom vê-la. Vamos pesar? Quase seis quilos a menos. Parabéns. Sentiu fome? Teve dificuldade?
- Não. Deu tudo certo.
Clarisse pensava que era a nutricionista a responsável pelo seu bem estar, como se a ela devesse um resultado, e não a si, e foi dar.
Voltou pra casa e dali sibutramina! Mais um dia, dois, e foi pra academia. Chegando lá mais uma novidade: tem um pó aí que seca. Quer?
Nada de exercícios. Clarisse foi atrás do pó. Caminhou 2 km e comprou. Voltou pra casa e pó/comprimido/pó/comprimido.
Era segunda-feira, mais de 10 horas e nada de Clarisse. Sua mãe foi procurá-la. Na cama, sem forças, depois de perder 11 kg estava ela abatida, desidratada e doente.
- Minha filha o que está acontecendo? Vamos ao médico.
- Meu Deus! Insuficiência Renal! Desidratação, anemia, esofagite e depressão. Como? Ela só estava de dieta. Coitada.
Clarisse foi ao fundo do poço. 12 dias de internação e mais 16 de repouso. Saldo: 16 kg a mais.
Clarisse levantou, olhou pro espelho e disse: Fracassada, gorda e infeliz.
Voltou pra cozinha e compulsivamente devorou tudo que achou: sentou-se na frente da TV e foi assistir programas de comida, afinal, ela queria mesmo é vida fácil. E ela tinha.