Mestra e covardia imperdoável
Admiro as pesoas pacíficas, fraternas, solidárias e que não fazem reclame de seus belos gestos e vida exemplar. São aquelas que vivem a vida sempre ajudando os outros, mas de forma silenciosa, pessoas incapazes de um ato de intolerância.
Conheci algumas que eram - ainda são - assim. Uma delas foi uma professora primária do sertão. Era - ela ja partiu, infelizmente - uma mestra extraordinária, conseguia se impor aos alunos mais rebeldes sem sequer alterar a voz. Era impressionante a sua autoridade suave. Ela era respeitadíssima na cidade.
Mas se era assim tão suave, um amigo dizia que ela parecia um biscuit, mas um biscuit diferente. É que a professora sentia profunda aversão pela violência e pelos violentos. Como não podia e nem tinha forças para combater a violência eos violentos - na época era ímpossível combatê-los, ela somplesmente não os cumprimentava, fosse conhecido por violento ficava sem seu cumprimento, e se fosse torturador ela se retirava quando ele chegava. sutilmente, sem alarde, mas não fiava no mesmo lugar com um volento.
O interessante é que devido ao respeito que a maioria absoluta tinha por ela, os violentos ficavam sem poder retaliar. Como retaliar contra alguém tão querido e respeitado?
Certa vez, na saida de uma missa de domingo, um conhecido violento e que torturava presos tentou cumprimentá-la, ela o ignorou, ele então perguntou em voz alta por que ela não aceitav seu cumprimento. Ela respondeu com suavidade: - Eu não cumprimento nem violentos e muito menos torturadores. Achoa torturauma covardia imperdoável. E saiu tranquila e suavemente, enquanto o violento tentava se justificar e as pessoas se afastavam.
Lembrei dela porque futucando na gaveta achei uma foto da minha antiga escola e na extremdade estava a professora, um biscuit precso e capaz de enfrentar os volentos, sem alarde. Inté.
P.S. Um presidente e um ministro da justiça visitando a CIA é algo que não se justifica. A CIA é uma cenral de golpes e de operações terroristas. Ah, Brasil.