VELHOS COSTUMES

Tivemos a desagradável oportunidade de assistir parte da gravação do arremedo de julgamento feito no STF sobre o crime do caixa dois, onde ficou evidente o comprometimento dos serventuários do crime organizado com a causa dos seus patrões.

Todo mundo sabe que a justiça eleitoral brasileira é inútil, inoperante, que serve apenas como cabide de emprego e absolutamente desnecessária, além de ser onerosa aos cofres públicos.

Como também é evidente que o crime de caixa dois é, em sua essência, furto (quando praticado às escondidas) ou roubo (quando praticado às claras) e como tal deve ser tratado na justiça comum.

Assim como acontece em toda reunião plenária do STF aqueles membros que se notabilizam pelos espetáculos dignos de circos mambembes, com a demonstração do ego inflado pelo uso inadequado do cargo a que foram guindados pelo beneplácito dos governantes atolados até o pescoço com o crime organizado da corrupção endêmica, chegam às raias do ridículo ao querer justificar o injustificável e, o que é bem pior, tentar desqualificar o denunciante.

(É bom lembrar que essa tática de defesa é a mais utilizada pelas organizações criminosas)

Dessa vez o ataque foi feito diretamente ao procurador da república líder da operação lava jato, com palavras e gestos dignos das meretrizes de baixo nível que orbitavam as zonas decadentes do século passado e essa agressividade explícita nos sugere que esses procuradores já estão de posse de material que demonstra a participação deles na organização criminosa.

Esses serventuários do crime organizado, travestidos de magistrados, precisam ser apresentados à sociedade, que paga os seus paquidérmicos salários, como eles são na realidade e os seus crimes, ligações espúrias e acordos demonstrados num PowerPoint em rede nacional, assim como fizeram com o presidiário mais honesto do mundo.

O congresso nacional, agora renovado, deve revogar os penduricalhos e as leis de exceção a fim de fazer cumprir o que se declara no ART 5º da constituição da república – todos são iguais perante a lei – porque, por estarmos vivendo um novo tempo, os velhos costumes devem ser abandonados.