Um sonho chamado "Amor"

Vivemos tempos difíceis, notícias e mais notícias ruins correm na mídia, caindo como raios em nossas cabeças. Tudo isso vai deteriorando nossa qualidade de vida, tornamo-nos ansiosos e inseguros, a tal ponto de nos pegarmos questionando: o que leva a milhares de jovens desistirem de viver? E ainda pior, o que o leva praticar um genocídio, exterminando dezenas de vidas além da sua…

Desde os primórdios, revendo conceitos filosóficos e religiosos observa-se que a palavra “Amor” surge como condição para a evolução humana. A própria palavra Filosofia, derivada do grego, possui como significado amor pelo saber (philo, philia = amor+ sofhia = sabedoria) ou seja, a filosofia nasce a partir do amor pelo saber, admiração e o impulso profundo em direção ao conhecimento, entre os quais, soma-se às especulações filosóficas: os valores morais, a liberdade, a linguagem e até o próprio pensamento. Mas, o que define verdadeiramente esse amor pelo conhecimento? Segundo Sócrates, seria a mente do homem. O que é, e o que ele pode a vir se tornar?

Se nos voltarmos para Sócrates, ao referir-se a mente humana, e que, o conhecimento pode mudar sua forma de ser, caberíamos ir um pouco além... Sócrates “legou à filosofia duas respostas precisas para dois de nossos problemas: qual o significado da virtude, e qual o melhor Estado?” A resposta a essa pergunta o levou a morte e imortalidade. Como nos dias atuais, os jovens atenienses vivenciavam uma época de incertezas, os sofistas haviam destruído a fé que outrora tiveram em divindades deixando-os enfraquecidos, cada um poderia fazer o que quisesse, desde de estivesse dentro da lei. O Estado, com uma democracia chefiada pela população despreparada de simples agricultores e comerciantes cometia atrocidades, baseados em crenças politeístas em que cultuavam os sacrifícios em favor aos deuses de seus pais. Para Sócrates, a solução seria, se possível, criar um sistema de moralidade independente da doutrina religiosa, tanto para ateus quanto para crentes, pois, para ele as doutrinas poderiam surgir sem abalar a moral que torna os indivíduos voluntariosos e pacíficos de uma comunidade. Porém, não haveria como persuadir o indivíduo a obedecer leis, partindo de um governo despreparado, sem mentes dotadas de inteligência.

O que acontece em nossa sociedade hoje, não difere totalmente da época de Sócrates, crenças e relações familiares estão sendo desestruturadas, pais e filhos perderam a noção de “hierarquia” onde o sentido do “Amor” vai sendo banalizado. Confunde-se o ser, com o ter...

Não muito diferente do filosófico, se nos voltarmos ao mandamento bíblico, “Amai o próximo como a ti mesmo” poderemos perceber as implicações da palavra amor - Amar a si, é desejar respeito, lealdade o cuidado. Por isso devemos ensinar aos nossos filhos o que queremos para nós, e, isso implica ensina-los o lugar que representam na sociedade e na família, o amor ao próximo e a si mesmo, o cuidado com a natureza e com o público.

Aquilo que não é ensinado é aprendido conforme a capacidade de cada um - uns absorvem valores, outros perdem-se. A mídia oferece de tudo, é inegável sua contribuição para nossa evolução, desde que saibamos separar o “joio do trigo” e apresenta-lo aos nossos filhos. Quem ama cuida... Necessitamos concretizar o sonho de mais amor...

EMARILAINE
Enviado por EMARILAINE em 14/03/2019
Reeditado em 14/03/2019
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