COMO ERA A VIDA SEM O MICRO

Hoje, máquinas de escrever é raridade. Tive algumas bem sofisticadas: elétricas, IBM de esfera com vários tipos de letras. No meu TCC –Jornalismo -, em 1992, encomendei para datilografá-lo em IBM. Saiu como se fosse impresso em tipografia.

Nos bancos, fazíamos o lançamento de cheque a mão. Não se podia rasurar. Corrigir algum erro, só com estorno.

E no fim do mês? Era aquele inferno para fazer o balancete. Cada setor entregava seu levantamento. E o Nelson Ferrari era o encarregado de rascunhar numa grande folha. Em seguida, datilografar numa máquina apropriada, enorme, a National, em duas vias. Serviço delicado. Se digitasse uma letra ou número errado, não havia jeito de corrigir. Era preciso jogar a folha e começava tudo de início, no novo impresso. Não dava para aproveitar o serviço até então realizado.

Cero mês, o Nelson saiu de férias. Fui encarregado do Balancete. Após várias tentativas conseguir terminar.

No mês seguinte, o Nelson perguntou onde tinha deixado o impresso do balancete. Tinha esgotado o estoque de tanto errar, corrigir, jogar fora.

Essa máquina possuía vários totalizadores, podia-se ir somando as parcelas. No final, apertava-se o botão de total: se o débito e o crédito coincidisse, estava correto.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 13/03/2019
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