Direitos de autor III
'Língua na língua'
Fui incomodado por escrever os versos que hoje vou publicar, numa situação que tornarei pública para todos que aqui vierem ler (estou a dar tempo ao tempo)... De qualquer modo, para quem acompanha o que escrevo e julgo ser a maioria das mais de duas dezenas de amigos (gosto de assim os/as considerar) que diariamente me visitam, estes versos fazem parte da minha última declamação e dum poema já publicado há dias. Aqui os deixo. Deles fazendo um poema individualizado; em vez de um, dois títulos lhe dou, formando uma «estância titular» :)
LÍNGUA NA LÍNGUA
BEBIDA DEVAGAR
'... bebida de_vagar'
crescendo a cada golo
em batimentos síncopados
alivia com o prazer que alia
na breve carência onde verso
uma rima feita sem pressa
passeando como Língua
no veludo da sensibilidade
onde ela toca o interior
aí se fazendo colorida
poesia para poisar leve
profundamente pura
água saindo a nascente
ao fresco momento
duma leitura
é risco...
a Língua na língua
vem para ser fala
dizer e seu sentir
Espero que gostem, eu gosto. Apre_cio!... o crescer dos versos in_verso ao beber duma bebida que não seja, como esta, espiritual: vão enchendo o co®po. Até a «breve carência» eles ultrapassam, enchendo metafórico copo que é o corpo onde são servidos, para uso e abuso, consumo da Língua para a língua, onde acabei por ir dar forma viva à metamorfose do último verso: «dizer e seu sentir». Deixo o que fica, sem mais comentários.