Os vizinhos suspeitos

O que está claro é que o suposto assassino da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson, assim como o suposto mandante do crime, são vizinhos e moram no mesmo condomínio, na Barra da Tijuca.

Não há como não ligar os pontos entre os gabinetes dos Bolsonaros, seus assessores e a milícia. Talvez alguns bolsocrentes ainda teimem em não fazer a ligação por vergonha de ter que aceitar que erraram em acreditar num projeto tão frágil.

Os suspeitos, um PM e outro ex-PM, foram presos. Os dois têm ligação com o clã Bolsonaro. O PM que estava na direção do carro de onde foram disparados os tiros contra a vereadora, exibe foto no Facebook de outubro do ano passado, seis meses após o crime, ao lado de Bolsonaro pai.

Como o clã tem foro privilegiado, o zero um é vereador, o zero dois deputado estadual, o zero três senador e o zero zero presidente, vai ser muito difícil provar o envolvimento no crime.

Tem muita coisa a ser esclarecida, os repasses de parte dos salários dos assessores na conta do Queiroz, que depositava na conta da primeira dama; as homenagens recebidas por milicianos na ALERJ através de Flávio Bolsonaro; a mentira da facada e as dúvidas sobre Adélio.

Pensar que por um pedalinho de fibra com o nome dos netos, uma nota fria de um elevador que nunca existiu, a falta de provas sobre qualquer ato de ofício, o maior presidente da história e o único capaz de devolver a dignidade aos brasileiros, está preso.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 12/03/2019
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