Tanto se fala em Liberdade. Vamos lembrar o poeta Bocage

O poema que segue custou a Manuel Maria Barbosa du Bocage,um tempo na famosa cadeia do Limoeiro.

Liberdade, onde estás? Quem te demora?

Quem faz que o teu influxo em nós não Caia?

Porque (triste de mim!) porque não raia

Já na esfera de Lísia a tua aurora?

Da santa redenção é vinda a hora

A esta parte do mundo que desmaia.

Oh! Venha… Oh! Venha, e trémulo descaia

Despotismo feroz, que nos devora!

Eia! Acode ao mortal, que, frio e mudo,

Oculta o pátrio amor, torce a vontade,

E em fingir, por temor, empenha estudo.

Movam nossos grilhões tua piedade;

Nosso númen tu és, e glória, e tudo,

Mãe do génio e prazer, oh Liberdade!

Nota minha.Este poema está hoje bem patente em certos países.

Manuel M.B. du Bocage.Poeta Portugues.
Enviado por Quo Vadis em 12/03/2019
Reeditado em 12/03/2019
Código do texto: T6596178
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