AMOR RESPONSÁVEL
AMOR RESPONSÁVEL
A cruz na religião Católica se tornou um sinal, um símbolo da vida de uma pessoa, Jesus Cristo, que nela morreu por viver sua vocação até o fim, até o extremo, na obediência, na aceitação e na humildade. Foi um SIM na vivência da sua missão de revelação, de sacrifício, de doação e de amor verdadeiro.
Todos nós temos a nossa cruz. Cruz que é a realidade da nossa vida, que não pode ser mudada: nossa origem, nossa família, nosso trabalho, nossos amigos, enfim, nosso tempo...
Muitas vezes por nossas atitudes impensadas, por nossas escolhas, aumentamos o peso da nossa cruz e das pessoas próximas. Somos, terrivelmente, responsáveis uns pelos outros, ou deveríamos ser. Mas, não nos colocamos no lugar do outro. Não percebemos as suas falas, os seus gestos. Não cedemos aos seus apelos de afeto e necessidade. Temos medo de sermos escravos do outro. Gostamos, adoramos ser independentes, livres... Uma liberdade falsa, uma auto suficiência que não faz crescer, ao contrário, nos limita, não nos deixando ressuscitar, transcender.
A medicina hoje valoriza a prevenção das doenças através da:
boa alimentação, exercícios físicos, um pouco de sol, ar puro, alegria, lazer, beber muita água, repouso adequado... São caminhos para retardar a velhice e a morte. Também, o peso da nossa cruz de cada dia poderá ser diminuída, se rezássemos uns pelos outros. A oração feita com fé transforma nossa maneira de ser. Ela é uma conversa com Deus que tudo sabe, tudo conhece. Ele é um amigo que nos ama como somos, com nossas limitações e nossos egoísmos. Mas que tem um sonho para nós, um sonho de amor e de comunhão. Para rezar é preciso ter humildade e pedir: Senhor me ajude a amar meus filhos, meu esposo, minha esposa, meu próximo como eles precisam ser amados. E não como eu gostaria de amá-los, do meu jeito, muitas vezes, egoísta.
Ilumina minha mente, meu coração para que os veja como o Senhor os vê, com suas necessidades reais. E proteja-nos de todos mal.
Nós somos responsáveis por aquilo que cativamos, já dizia o Pequeno Príncipe.
Nós, pais, professores e patrões, decidimos, determinamos a vida dos filhos, dos alunos e dos empregados quando doamos a vida, o saber e o trabalho. Somos responsáveis pelo peso de suas cruzes.
Sejamos mais que o Cireneu do Evangelho que ajudou a levar a cruz de Jesus Cristo. Diminuamos o peso das cruzes uns dos outros e sejamos instrumentos na Construção da Paz e Felicidade neste mundo a caminho da Ressurreição Final.
Terezinha Domingues,
Em, 30 de outubro de 2005