A mãe tá doente
A mãe está doente.
Ela está estressada, esgotada, angustiada, nervosa, explosiva, incomodada, desesperada. Ela grita, briga, ralha, se anula, se mutila, corre atrás sem nunca alcançar.
A mãe tá doente.
Olha seu corpo no espelho, olhos vermelhos, acha corpo feio, deformado, estragado, sem nem ter força para mudar.
A mãe tá doente.
Pensa em suicídio diariamente. Janela do apartamento não é alta o suficiente. Mas parece que nem mais uma gota do seu eu que aguente. Está anestesiada para as dores do outro, sentindo-se dormente, enquanto corpo dói dores físicas, da alma e da mente.
A mãe tá doente.
Ninguém vê. O pai que chega e liga a TV, que nunca fala palavras de carinho e nem a toca. Nem se toca que ela está definhando ali.
Nem os filhos veem. Seus olhos ainda são puros demais para entender que atrás de cada berro e susto, ela está em um surto deixando escapar, entre suspiros, a realidade.
A mãe tá doente.
Mas tem que preparar o almoço.
A mãe está doente.
Ela está estressada, esgotada, angustiada, nervosa, explosiva, incomodada, desesperada. Ela grita, briga, ralha, se anula, se mutila, corre atrás sem nunca alcançar.
A mãe tá doente.
Olha seu corpo no espelho, olhos vermelhos, acha corpo feio, deformado, estragado, sem nem ter força para mudar.
A mãe tá doente.
Pensa em suicídio diariamente. Janela do apartamento não é alta o suficiente. Mas parece que nem mais uma gota do seu eu que aguente. Está anestesiada para as dores do outro, sentindo-se dormente, enquanto corpo dói dores físicas, da alma e da mente.
A mãe tá doente.
Ninguém vê. O pai que chega e liga a TV, que nunca fala palavras de carinho e nem a toca. Nem se toca que ela está definhando ali.
Nem os filhos veem. Seus olhos ainda são puros demais para entender que atrás de cada berro e susto, ela está em um surto deixando escapar, entre suspiros, a realidade.
A mãe tá doente.
Mas tem que preparar o almoço.