RESPOSTAS
Foi ali, sentada na sala de cinema, assistindo um filme no circuito alternativo que finalmente experimentou e compreendeu o significado do termo liberdade.
A tempos atrás, certamente mais de vinte anos, um fato inusitado havia lhe chamado a atenção, foi convidada para almoçar as dez da manhã, ainda questionou, mas ouviu de forma curiosa que não existia hora certa para isso ou aquilo, deveríamos fazer quando sentíssemos vontade, e naquela hora a vontade se fazia presente.
Jamais esqueceu aquele dia e também o cardápio, simples e saboroso, acompanhado de um diálogo franco e enriquecedor, que favoreceu muito para que as memórias não se perdessem nos mais de vinte anos que separam o fato da sua real compreensão.
Era um dia comum, seguido de uma semana de longas esperas em vão, leituras necessárias e algumas reflexões. Após o primeiro compromisso a manhã não havia terminado, estava pronta para seguir uma rotina que jamais havia agradado, embora circunstâncias diversas proporcionavam a sensação, ao menos para quem observava de fora, tratar-se de algo agradável; lembrou das esperas durante a semana, das respostas que não teve e das muitas perguntas que ao longo dos anos se quer ousou fazer, evitando provocar desconforto aos possíveis indagados, que não se dariam ao trabalho de compreender a real necessidade de uma ou outra resposta sincera.
Mudou a rota, caminhou pelo centro da cidade, desejou fazer apenas o diferente em relação ao padrão que o tempo foi ensaiando e tornando hábito, sem a percepção de que não fazia sentido algum para sua vida, não lhe provocava alegria ou a sensação de divertimento momentâneo; sentiu um vazio de proporções gigantescas, e antes que a tristeza invadisse totalmente seus pensamentos, encaminhou-se na direção do cinema, fora do circuito convencional, certamente era esta característica que a atraia, logo na chegada a sensação era de riso discreto, quando a vontade é intensa, de dentro para fora e só o canto da boca deixa, ainda que discretamente, transparecer, e o vazio foi se dissipando.
Lembrou daquela conversa de mais de vinte anos, e a lição foi então compreendida, se é feliz quando se é livre para escolher o caminho que deseja, sem cobrança ou amarras que nos impedem de ser quem de fato somos.
E foi ali, sentada na sala do cinema, assistindo um filme no circuito alternativo, que finalmente experimentou e compreendeu o significado do termo liberdade.
Foi ali, sentada na sala de cinema, assistindo um filme no circuito alternativo que finalmente experimentou e compreendeu o significado do termo liberdade.
A tempos atrás, certamente mais de vinte anos, um fato inusitado havia lhe chamado a atenção, foi convidada para almoçar as dez da manhã, ainda questionou, mas ouviu de forma curiosa que não existia hora certa para isso ou aquilo, deveríamos fazer quando sentíssemos vontade, e naquela hora a vontade se fazia presente.
Jamais esqueceu aquele dia e também o cardápio, simples e saboroso, acompanhado de um diálogo franco e enriquecedor, que favoreceu muito para que as memórias não se perdessem nos mais de vinte anos que separam o fato da sua real compreensão.
Era um dia comum, seguido de uma semana de longas esperas em vão, leituras necessárias e algumas reflexões. Após o primeiro compromisso a manhã não havia terminado, estava pronta para seguir uma rotina que jamais havia agradado, embora circunstâncias diversas proporcionavam a sensação, ao menos para quem observava de fora, tratar-se de algo agradável; lembrou das esperas durante a semana, das respostas que não teve e das muitas perguntas que ao longo dos anos se quer ousou fazer, evitando provocar desconforto aos possíveis indagados, que não se dariam ao trabalho de compreender a real necessidade de uma ou outra resposta sincera.
Mudou a rota, caminhou pelo centro da cidade, desejou fazer apenas o diferente em relação ao padrão que o tempo foi ensaiando e tornando hábito, sem a percepção de que não fazia sentido algum para sua vida, não lhe provocava alegria ou a sensação de divertimento momentâneo; sentiu um vazio de proporções gigantescas, e antes que a tristeza invadisse totalmente seus pensamentos, encaminhou-se na direção do cinema, fora do circuito convencional, certamente era esta característica que a atraia, logo na chegada a sensação era de riso discreto, quando a vontade é intensa, de dentro para fora e só o canto da boca deixa, ainda que discretamente, transparecer, e o vazio foi se dissipando.
Lembrou daquela conversa de mais de vinte anos, e a lição foi então compreendida, se é feliz quando se é livre para escolher o caminho que deseja, sem cobrança ou amarras que nos impedem de ser quem de fato somos.
E foi ali, sentada na sala do cinema, assistindo um filme no circuito alternativo, que finalmente experimentou e compreendeu o significado do termo liberdade.