Escuta...
Há pessoas que não lhe faltam o ouvido, mas sim a escuta. E assim lhes faltam também o braço e a mão amiga que dá ao outro o acesso à verdadeira amizade, ao carinho e ao respeito.
Provavelmente já lhe ocorreu de você se queixar de alguma coisa e seu interlocutor, como que automaticamente, lhe diz do seu cansaço ou dor maior. E assim você vai se sentindo inapropriada em reclamar da sua desavença, falar das suas dificuldades ou dos infortúnios, pois eles se apequenam diante dos novos casos que nos apresentam aqueles que deveriam estar ali somente oferecendo a sua presença.
Você poderia contra-argumentar que os assuntos tristes são pesados demais para os dias de hoje, que cada um traz consigo um fardo pesado de dor que não lhes permite sequer tomar conhecimento da dor alheia, mas constato que também não lhes interessam as novidades, as ideias e muito menos a expressão artística de outrem. Cada um parece estar encapsulado de uma membrana plasmática que permite absorver somente o que lhes importam. As relações vão se tornando cada vez mais objetificadas, onde o outro passa a ser visto só pela utilidade e não como semelhante simplesmente.
E assim vai caminhando a humanidade, perambulando por uma espécie de ponte que liga nada a lugar nenhum.
Talvez um dia nossos abismos sejam tantos que procuremos reaprender como fazer contato ou busquemos por meios tecnológicos efetivos de reatar esses tênues laços que são simples e se fazem apenas pelo olhar e pela escuta que conectam corações e mentes humanos.
Há pessoas que não lhe faltam o ouvido, mas sim a escuta. E assim lhes faltam também o braço e a mão amiga que dá ao outro o acesso à verdadeira amizade, ao carinho e ao respeito.
Provavelmente já lhe ocorreu de você se queixar de alguma coisa e seu interlocutor, como que automaticamente, lhe diz do seu cansaço ou dor maior. E assim você vai se sentindo inapropriada em reclamar da sua desavença, falar das suas dificuldades ou dos infortúnios, pois eles se apequenam diante dos novos casos que nos apresentam aqueles que deveriam estar ali somente oferecendo a sua presença.
Você poderia contra-argumentar que os assuntos tristes são pesados demais para os dias de hoje, que cada um traz consigo um fardo pesado de dor que não lhes permite sequer tomar conhecimento da dor alheia, mas constato que também não lhes interessam as novidades, as ideias e muito menos a expressão artística de outrem. Cada um parece estar encapsulado de uma membrana plasmática que permite absorver somente o que lhes importam. As relações vão se tornando cada vez mais objetificadas, onde o outro passa a ser visto só pela utilidade e não como semelhante simplesmente.
E assim vai caminhando a humanidade, perambulando por uma espécie de ponte que liga nada a lugar nenhum.
Talvez um dia nossos abismos sejam tantos que procuremos reaprender como fazer contato ou busquemos por meios tecnológicos efetivos de reatar esses tênues laços que são simples e se fazem apenas pelo olhar e pela escuta que conectam corações e mentes humanos.