ENFRENTAMENTO DOS PAPAS NO VATICANO.
Há uma nova cisão no Vaticano, e não é velada. A ala tradicional apadrinhada pelo Papa Emérito, Bento XVI, desafia Francisco.
O Papa do Povo em suas assentadas posições que sufragam permanências na modernização dos ritos e outras práticas, não admite retrocessos, principalmente a Missa rezada voltado o celebrante para os fiéis e não de costas como antigamente, e outros desdobramentos.
O Papa Emérito que é uma novidade histórica de coexistência com outro Papa, se coloca ao lado e acolhe as ideias de um cardeal africano que lidera a ala mais conservadora, que enfrenta a abertura que Papa Francisco preside. Mas Francisco é o Líder Espiritual e absoluto gestor da Igreja Secularizada,
Nunca se viu essa dualidade de pontífices, e muito menos o indesejável enfrentamento na questão que os conservadores estão movimentando para desconstruir Papa Francisco na liturgia e na flexibilização de concessão dos sacramentos.
O Cardeal africano Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, teve vários atritos com Papa Francisco que não aceitou de forma alguma que se voltasse para a antiga missa em latim rezada, profundamente reformada pelo Concílio Vaticano II e por Paulo VI.
Cardeal Sarah, de grande prestígio na igreja africana, é o cabeça da tentativa de fazer retornar o que está estabelecido. Romper com o Concílio Reformador, no que tem acolhimento e até iniciativa de bastidor de Bento XVI, o antigo doutrinador do Papado de João Paulo II.
Uma Igreja com visibilidade para os mais necessitados, acolhedora e sem alteração de sua fisionomia que abriga a liberdade, é e sempre foi a bandeira de Papa Francisco que o Cardeal Sarah e outros, juntamente com ideias tradicionalistas querem desestabilizar.
Francisco pretende e vai construindo um novo “status” para sacramentos antes vedados aos casados de novo.
A Igreja deve ser de perdão, até em razão do Cristo só pregar amor.
Mesmo “à margem” de decisões maiores, insulado pelo Papa Francisco que situou barreiras estratégicas para o Cardeal Sarah , ele lançou com galas e pompa e prefácio de Bento XVI, o livro “A força do silêncio”.
E disse Bento XVI, "com o cardeal Sarah, a liturgia está em boas mãos".
Um enfrentamento aberto a Francisco, uma posição de apoio ao Cardeal Sarah, e uma contradição para o Papa que sucedido afirmou que não se envolveria nas questões decisivas da Igreja.
Francisco já retificou o Cardeal Sarah algumas vezes, foi corrigido literalmente, afirmando que como Chefe Absoluto da Igreja não deixaria retroceder a Reforma do Concílio Vaticano Segundo.