A carapuça da violência
A violência não é uma carapuça que serve apenas para alguns. Claro que, em virtude dos novo tempos, engessados de sentimentos de justiça pela própria mãos e de preconceito e discriminação, alguns se tornaram alvos fáceis, frágeis, vulneráveis.
Mas o que, de fato, torna agravada esta realidade? Seria a impunidade? Seria a necessidade de autoafirmação? Seria a individualidade?
Bem, aqueles que nasceram nos anos anteriores aos 90 tiveram a oportunidade de vivenciar uma realidade diferente, baseada em valores e princípios, dos quais o respeito era a base angular. A pessoa era mais importante do que o que ela possuía. O consumismo era algo isolado, ligado à cultura da inutilidade e as pessoas não eram descartáveis, faziam falta.
As relações tinham como base o amor e não os interesses materiais, pessoais, sociais. As pessoas faziam falta e eram sentidas as ausências. Mas de lá pra cá, muita coisa mudou...
As relações ficaram frias, os contratos passaram a gerir, inclusive, os sentimentos e o amor passou a ser um negócio. A tecnologia virou arma calibre 38 e ao invés de ser um instrumento de legítima defesa aponta para a vida, sem nenhum escrúpulo, à espreita.
E, assim, como tirar o que é do outro virou moda: assalto, roubo, apropriação indébita,tirar a vida veio à tiracolo.
Na ausência de sentimentos nobres como o amor e o respeito a vida virou moeda, que ao perder o valor (diante da avaliação pessoal, egoísta, individual) é substituída e jogada fora.
Por isso, pais apagam filhos, e filhos pais; amores, amantes; amigos, colegas; porque as pessoas deixaram de ser "humanas" para virarem estatística, números, que ao se tornarem negativos, são dispensados.
A impunidade é então a justificativa? Não. Apenas o reflexo de uma sociedade onde o "in dubio pro reo' (em favor do réu) é para todos, e não para alguns. Assume papel preponderante na reincidência, aí sim, pode virar justificatica a prática criminal. A necessidade de autoafirmação? Um dos sentimentos impostos pela ausência de princípio nobres, não discriminatórios, não preconceituosos. Seria a individualidade? Também...
Mas, o que de fato justifica tamanha atrocidade, é falta de amor próprio e aos demais. Se assim fosse (a existência do amor), o racismo não seria crime inafiançável, homofobia seria criminalizada e seus atos tipificados, e tantos outros seriam apenas lembranças tristes de um tempo em que as pessoas precisam ser enquadradas ( judicialmente) para respeitar o espaço e as escolhas de cada um.
A violência começa, em síntese, quando o amor se despede. Mas, os catedráticos diriam que é filosófico demais criar conceitos nesse emaranhado, e que a culpa é do processo e não do processado e do que ele traz consigo: princípios, valores, educação...
A violência não é uma carapuça que serve apenas para alguns. Claro que, em virtude dos novo tempos, engessados de sentimentos de justiça pela própria mãos e de preconceito e discriminação, alguns se tornaram alvos fáceis, frágeis, vulneráveis.
Mas o que, de fato, torna agravada esta realidade? Seria a impunidade? Seria a necessidade de autoafirmação? Seria a individualidade?
Bem, aqueles que nasceram nos anos anteriores aos 90 tiveram a oportunidade de vivenciar uma realidade diferente, baseada em valores e princípios, dos quais o respeito era a base angular. A pessoa era mais importante do que o que ela possuía. O consumismo era algo isolado, ligado à cultura da inutilidade e as pessoas não eram descartáveis, faziam falta.
As relações tinham como base o amor e não os interesses materiais, pessoais, sociais. As pessoas faziam falta e eram sentidas as ausências. Mas de lá pra cá, muita coisa mudou...
As relações ficaram frias, os contratos passaram a gerir, inclusive, os sentimentos e o amor passou a ser um negócio. A tecnologia virou arma calibre 38 e ao invés de ser um instrumento de legítima defesa aponta para a vida, sem nenhum escrúpulo, à espreita.
E, assim, como tirar o que é do outro virou moda: assalto, roubo, apropriação indébita,tirar a vida veio à tiracolo.
Na ausência de sentimentos nobres como o amor e o respeito a vida virou moeda, que ao perder o valor (diante da avaliação pessoal, egoísta, individual) é substituída e jogada fora.
Por isso, pais apagam filhos, e filhos pais; amores, amantes; amigos, colegas; porque as pessoas deixaram de ser "humanas" para virarem estatística, números, que ao se tornarem negativos, são dispensados.
A impunidade é então a justificativa? Não. Apenas o reflexo de uma sociedade onde o "in dubio pro reo' (em favor do réu) é para todos, e não para alguns. Assume papel preponderante na reincidência, aí sim, pode virar justificatica a prática criminal. A necessidade de autoafirmação? Um dos sentimentos impostos pela ausência de princípio nobres, não discriminatórios, não preconceituosos. Seria a individualidade? Também...
Mas, o que de fato justifica tamanha atrocidade, é falta de amor próprio e aos demais. Se assim fosse (a existência do amor), o racismo não seria crime inafiançável, homofobia seria criminalizada e seus atos tipificados, e tantos outros seriam apenas lembranças tristes de um tempo em que as pessoas precisam ser enquadradas ( judicialmente) para respeitar o espaço e as escolhas de cada um.
A violência começa, em síntese, quando o amor se despede. Mas, os catedráticos diriam que é filosófico demais criar conceitos nesse emaranhado, e que a culpa é do processo e não do processado e do que ele traz consigo: princípios, valores, educação...