Colombina, Pieerô e Arlequim

Mesmo estando em "retiro", trancado m casa sem paticipar do carnaval, é inegável que ele é a maior festa popular do país. E a mais democrática, a que nivela todos sem distinção de classe, raça, credo ou ideologia. No carnaval todos sejamos arleguins, pierrôs ou colombinas, ricos ou sem eira nem beira, somos iguais. Todos somos, na verdade, palhaços alegres rindo à bandeira despregada e nessa festa ninguém é de ninguéme ninguem é de ferro.

É perfeitamente compreensível que o carnaval de hoje nao tenha o mesmo telurismo e ngenuidade do de ontem. O aumento da populaçãoee a globalização dos costumes minaram o alicerce do que era mais bonito no carnaval: as suas raízes, ou seja, o frevo, as marchinhas, o maracatu, os confetes, serpentinas e as fantasias, sem esquecer do lança-perfume (Rodouro). Por que não lamentar a falta do lança-perfume? Vamos deixar de hipocrisia. ela era importantíssima no carnaval, hoje foi substituída talvez por coisa muito pior.

Mas o que lamento mesmo no carnaval é a falta das músicas carnavalescas de antigamente, daqueles frevos incríveisde Nelson Pereira e Capaiba, das marchinhas cariocas e pernambucanas. E o talco, os nanhos nascas de família, as troças? E os bailes? Estes eram fabulosos. E apesar da imensa alegria e da birita nçao havia nenhum incidente sério. O carnaval era também uma festa meio famailiar. Infelizmente os bailes de carnaval, como os de antigamene, acabaram. Hoje é só zoada na base do tal axê-music; não há mais a força das marchinhas e nem do frevo, não h´pa aquela alegria espontânea de antes.

Ficaram, porém, as lembranças do passado que podem ser resumidas no verso de uma marchinha do saudoso David Násser: "Confete, pedacinho colorido de saudade...". Basta, hermanas e hermanos, um simples confete para deflagrar as saudades, para acionar o viedotape da memória e então vemos nitidamente os carnavais de antigamente.

Quem, pergunto, hje com sesus 50, 60 ou 70 aaninhos não se portoucomo um pierô apaixonado ou como um arlequim apaixonado por uma linda Colombina? O amor sempre esteve presente nos carnavais, aliás, a bem da verdade, o amorsempre foi importantíssimo no carnaval, mesmo aqueles amor de marinheiro que só durava os três dias do Reinado de Momo. Mas tamabém foi no carnaval que varos desses amores terminaram em cas[orio. O tal Momo é também casamenteiro.

Bom, além de ficar remoendo as lembranças dos carnavais do passado, sempre ouço uma marchinhas. Sim, sou um véio com alma de carnavalesco, saudosista invetrrado. Eha uma musica de carnaval que adoro demais. Essa m´´usica é de Zé Keti e Pereira Matos. Um amigo músico smpre me diz que a pprimeira arte é marchinha´e é de Pereira Matos e aseginda pate é samba e seria de Zé Keti", não discuto mas acho que o todo é arretado. A música é Máscara Negra:

"Tanto riso! Oh quanta alegria/ Mais de mil alhaços no salão/ Arlequim está chorando / pelo amor da Colombina/ no meio da multidão. (Pereira Matos)// Foi bom te ver outra vez/ etá fazendo um ano/ foi no carnaval que passou/ Eu sou aquele Pierrô/ que te abraçou,/ que te beijou, meu amor/ Na mesma mascara negra/ que esconde o teu rosto/ Eu quero matar a saudade./ Vou beijar-te agora,/ não me ve a mal./ Hoje é carnaval" (patede Zé Kéti).

Ah saudade, saudade do passado. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 04/03/2019
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