NA EXPERIÊNCIA DO SI, A ARTE PRODUZ LIBERDADE
As sociedades modernas, se apresentam, cada vez mais, com seus integrantes humanos mais homogêneos do ponto de vista comportamental.
As idiossincrasias dos grupos dissipam-se pelo acesso ilimitado à mídia e a influência fática das redes sociais e da mesma forma tendem a se horizontalizar, como se pudesse haver um movimento de “rapadurização das culturas”.
Nesse caldo de múltiplas interações superficiais ainda escapa a arte, ou melhor ainda resta o prazer observacional de apreciar a arte, onde cada indivíduo pode entendê-la de sua própria maneira, transcendendo a si mesmo, emprestando algo seu para complementar aquele momento de liberdade.
Num quadro observado poderemos intuir variadas visões sobre essa arte pictórica. O que vemos: um casal a se acariciar na noite escura? uma vegetação que consegue se desenvolver no cume da escarpa, fixando-se com suas raizes externas na pedra rude? ou apenas uma tulipa negra que se destaca sobre seu longo caule?
Cada um olhar pode enxergar qualquer dessas versões e até criar outras mais. É só ultrapassar-se.