Um senhor de aproximadamente 65 anos tentava disfarçar o nervosismo ao aguardar na sala de espera, o momento de feitura do exame de próstata.
Tratou com os presentes de pelo menos seis assuntos até que soltou:
- A pior coisa da vida é ficar velho. Aquele olhar sentenciado das pessoas e as frases soltas do tipo: isso não é pra sua idade, ele não tem condições de fazer, ele não sabe nada de tecnologia, ele anda devagar, ele tem acento prioritário, parece senso de inutilidade coletiva.
- O senhor tem razão, em partes. Na verdade envelhecer ficou mais fácil, há muitos idosos que vivem melhor que muitos adolescentes. A questão é a preparação para o envelhecimento... É a longevidade!
- É bonito falar, mas difícil viver com o preconceito e a certeza de experimentar até a discriminação, em alguns casos. Só falo a idade em consultório e no banco, me constrange, sabe. Imagina você que alguém te perguntasse a sua idade e passasse a tecer comentários de cunho pejorativo. O que você responderia?
- Se me perguntassem: quantos anos você tem? Afim de me constranger ou diminuir, apenas olharia nos olhos e responderia: Tenho alguns, outros não tenho mais! Tenho 5, 10 ou 20. Deus sabe o que virá! E se a pessoa insistisse confirmaria dizendo: Os anos que já passaram estão sob o império da morte, não me pertencem, afinal a contagem é progressiva. E você um dia vai entender o que tenho dito. Não quero prestar contas, já chega o leão.
- Se eu fosse a moça ia sorrir, disse o senhor.
- Então sorria, você está sendo filmado!
E todos que ouviam a conversa riram naturalmente.
Tratou com os presentes de pelo menos seis assuntos até que soltou:
- A pior coisa da vida é ficar velho. Aquele olhar sentenciado das pessoas e as frases soltas do tipo: isso não é pra sua idade, ele não tem condições de fazer, ele não sabe nada de tecnologia, ele anda devagar, ele tem acento prioritário, parece senso de inutilidade coletiva.
- O senhor tem razão, em partes. Na verdade envelhecer ficou mais fácil, há muitos idosos que vivem melhor que muitos adolescentes. A questão é a preparação para o envelhecimento... É a longevidade!
- É bonito falar, mas difícil viver com o preconceito e a certeza de experimentar até a discriminação, em alguns casos. Só falo a idade em consultório e no banco, me constrange, sabe. Imagina você que alguém te perguntasse a sua idade e passasse a tecer comentários de cunho pejorativo. O que você responderia?
- Se me perguntassem: quantos anos você tem? Afim de me constranger ou diminuir, apenas olharia nos olhos e responderia: Tenho alguns, outros não tenho mais! Tenho 5, 10 ou 20. Deus sabe o que virá! E se a pessoa insistisse confirmaria dizendo: Os anos que já passaram estão sob o império da morte, não me pertencem, afinal a contagem é progressiva. E você um dia vai entender o que tenho dito. Não quero prestar contas, já chega o leão.
- Se eu fosse a moça ia sorrir, disse o senhor.
- Então sorria, você está sendo filmado!
E todos que ouviam a conversa riram naturalmente.