A DOR E O SORRISO.
Existem os que podem esboçar sorrisos em meio a dor. Ato de força, compreensão máxima de nossos destinos inevitáveis ou outro fator qualquer que a sensibilidade não pode definir?
Respondo com o notável Khalil Gibran, o mestre maior dos sentimentos:
“Sou apenas um ser em busca dos silêncios, e que tesouro haverei encontrado em meus silêncios que seja digno de compartilhar?”
Difícil compartilhar silêncios, impossível.
Gibran situa bem essa incompatibilidade, não só do não compartilhamento do silêncio, mas da significativa ausência de amor na dor que abriga sorrisos :
"Quando você ama não deveria dizer, 'Deus está em meu coração', mas sim, 'Eu estou no coração de Deus'.
E não pensem que podem direcionar o curso do amor, pois o amor, se lhes acharem dignos, determinará ele próprio o seu curso.
O amor não tem outro desejo senão o de cumprir a si mesmo." (Gibran)