Carnavais, Nas Asas do Tempo
Tomo como conceito de cultura esta que encontrei em um dos sítios virtuais por aí: “Normas de comportamento, saberes, hábitos ou crenças que diferenciam um grupo de outro...”¹
Estamos sujeitos a isto: as normas que nos diferenciam. Diferenciam as etnias e o humano dos animais. Diferenciam sociedades e os tempos históricos.
As normas de comportamentos adotadas por uma sociedade e aceitos podem ser opressoras em uma sociedade e em outra não, em um tempo histórico e em outro não. Devemos saber que tempo histórico não coincide com o tempo cronológico.
As normas de comportamento serão aceitas até enquanto o coletivo não questiona. O humano vive de mudanças: evoluções e revoluções. Tudo que diz respeito ao humano é construído, destruído e reconstruído.
Há algum tempo li um artigo muito interessante que mostrava como a mulher é oprimida no Oriente Islâmico e no Ocidente Capitalista. Enquanto no oriente ela tem que se cobrir com Burca, no Ocidente ela é Desnuda: minissaia, decotes, amostra de colos tudo o que é ditado pelo modismo capitalista.
Com o carnaval e suas fantasias não é diferente. Enquanto Veneza se cobre de veludos e máscaras, nos Trópicos se expõem toda anatomia humana em seminudismos.
Foi publicada na internet aquela foto “vintage” dos idos carnavais passados em clube social. A moral era cobrada de forma acirrada: diferenciava-se o que as mulheres e moças “de família” podiam usar e que as distinguiam das “Levadas da Breca”. Na foto estava ali aquele “Palhaço” notadamente do gênero feminino dado o volume de seus seios. Aquele corpo se escondia em roupa de cetim todo, todo, coberto. O rosto se moldava pelo elástico que segurava o chapéu em forma de cone. Nos dias de hoje as fantasias de palhaço deixam o corpo à mostra sendo identificados apenas por maquiagens e prótese de nariz próprio.
A foto me lembrou de outra fantasia peculiar da época e que não chegou à atualidade: Fantasia de Gatinho. As mulheres para ter maior liberdade e preservarem suas identidades vestiam calças compridas, camisão, gravatas que atavam suas máscaras que cobriam totalmente o rosto. A máscara tinha bigodes felinos bordados, buracos dos olhos contornados de paetês e orelhas que se faziam em peça tipo fronha de travesseiro. Elas se esbanjavam em beijos nos blocos de rua.
Ao se lembrar desta fantasia e ao ver aquela do palhaço todo coberto no clube frequentado pela burguesia imaginei o calor que sentiam por debaixo de tantos panos que revestiam todo o corpo. E aí indaguei:
Tortura da moral repressora ou oportunidade libertária (catarse) de recalques e desejos reprimidos?
Hoje as escolas de samba e outros espaços carnavalescos expõem tudo com seus, e apenas, tapa-sexos.
É o CARNAVAL e os seus CANAVIAIS
Tomo como conceito de cultura esta que encontrei em um dos sítios virtuais por aí: “Normas de comportamento, saberes, hábitos ou crenças que diferenciam um grupo de outro...”¹
Estamos sujeitos a isto: as normas que nos diferenciam. Diferenciam as etnias e o humano dos animais. Diferenciam sociedades e os tempos históricos.
As normas de comportamentos adotadas por uma sociedade e aceitos podem ser opressoras em uma sociedade e em outra não, em um tempo histórico e em outro não. Devemos saber que tempo histórico não coincide com o tempo cronológico.
As normas de comportamento serão aceitas até enquanto o coletivo não questiona. O humano vive de mudanças: evoluções e revoluções. Tudo que diz respeito ao humano é construído, destruído e reconstruído.
Há algum tempo li um artigo muito interessante que mostrava como a mulher é oprimida no Oriente Islâmico e no Ocidente Capitalista. Enquanto no oriente ela tem que se cobrir com Burca, no Ocidente ela é Desnuda: minissaia, decotes, amostra de colos tudo o que é ditado pelo modismo capitalista.
Com o carnaval e suas fantasias não é diferente. Enquanto Veneza se cobre de veludos e máscaras, nos Trópicos se expõem toda anatomia humana em seminudismos.
Foi publicada na internet aquela foto “vintage” dos idos carnavais passados em clube social. A moral era cobrada de forma acirrada: diferenciava-se o que as mulheres e moças “de família” podiam usar e que as distinguiam das “Levadas da Breca”. Na foto estava ali aquele “Palhaço” notadamente do gênero feminino dado o volume de seus seios. Aquele corpo se escondia em roupa de cetim todo, todo, coberto. O rosto se moldava pelo elástico que segurava o chapéu em forma de cone. Nos dias de hoje as fantasias de palhaço deixam o corpo à mostra sendo identificados apenas por maquiagens e prótese de nariz próprio.
A foto me lembrou de outra fantasia peculiar da época e que não chegou à atualidade: Fantasia de Gatinho. As mulheres para ter maior liberdade e preservarem suas identidades vestiam calças compridas, camisão, gravatas que atavam suas máscaras que cobriam totalmente o rosto. A máscara tinha bigodes felinos bordados, buracos dos olhos contornados de paetês e orelhas que se faziam em peça tipo fronha de travesseiro. Elas se esbanjavam em beijos nos blocos de rua.
Ao se lembrar desta fantasia e ao ver aquela do palhaço todo coberto no clube frequentado pela burguesia imaginei o calor que sentiam por debaixo de tantos panos que revestiam todo o corpo. E aí indaguei:
Tortura da moral repressora ou oportunidade libertária (catarse) de recalques e desejos reprimidos?
Hoje as escolas de samba e outros espaços carnavalescos expõem tudo com seus, e apenas, tapa-sexos.
É o CARNAVAL e os seus CANAVIAIS
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 14/02/2018
¹ https://www.dicio.com.br/cultura/
_ POETAR_
https://www.facebook.com/PoetarPoesiaArte/
http://www.leonardolisboa.recantodasletras.com.br/
#poetarfacebook #leonardolisboarecantodasletras
https://www.facebook.com/PoetarPoesiaArte/
http://www.leonardolisboa.recantodasletras.com.br/
#poetarfacebook #leonardolisboarecantodasletras
ESCREVA PARA O AUTOR:
conversandocomoautor@gmail.com