Saber amar
No meu entender a intensidade de um sentimento tem que ver com o número de elementos sensitivos que se aplica na dinâmica de vida. Considero que o próprio sentimento se auto alimenta da razão inversa do número desses elementos de sensação que nos permitimos. Quanto maior for o número de emoções que valorizamos menor é o desgosto que cada desilusão provoca em nós.
O máximo dessa intensidade diz mesmo respeito à forma como nos valorizamos e amamos, sendo que essa capacidade de sentir vai invariavelmente divide-se por cada um daqueles que nos rodeia.
Por vezes aqueles que dominam a capacidade de controlo da intensidade como constroem o sentimento, tornam-se líderes do seu próprio povo, transferindo para a coletividade a sua capacidade de sentir.
Líder na verdade não se aplica pois poderia transmitir insensibilidade perante a sorte de cada um dos outros em prol de objetivos comuns.
A insensibilidade e o autodomínio na realidade não enquadram no mais nobre de todos os sentimentos. O amor em particular. Julgo que o amor é na realidade todo o composto que a capacidade individual de cada um faz na distribuição do seu sentir por vários elementos e não apenas numa fração.
O resto dessa fração pode ir para tudo de mau que a sociedade conhece e consequentemente a intensidade sentimental é mal aplicada.
E então amar é mais do sentir. Amar é ter a capacidade de conjugar todas as parcelas e elementos sensitivos que vida nos coloca para decifrar.
A alienação de toda emotividade e o respeito e o tempo são elementos que me ensinaram a amar.