Revolução, evolução e involução (no mesmo pote)
Sempre gostei de redes sociais, confesso, uma evolução tecnológica que trouxe a imagem em tempo real, a facilidade e a disponibilidade em milésimos de segundo. Mas de um tempo pra cá, ando frustrada. É muita coisa escrita, reescrita, editada, reeditada, publicada, curtida e compartilhada. Mas e daí? Para os leigos, sem o domínio dos mecanismos de pesquisa e, por vezes, desconhecedores dos golpes de marketing, das máscaras e das nuances da democracia direta o que, de fato, é a verdade (se é que ela existe )? Quem detém a melhor teoria? Quem é o melhor ator? Quem canta e quem dança? Fato é, em tempo de verbalização real, em foco, in loco, nos intoxicamos e, com isso, matamos os nossos sonhos, nossas lutas e vendemos (a preço de banana) a nossa liberdade. Sinto falta de ouvir gente argumentando de pé, de olho no olho, de opiniões sem bloqueio, de dinâmica, de movimento. Quase nunca ouvia a palavra hipocrisia, mas agora, ela já se incoporou a outros conceitos e anda parasitando por ai, cada hora numa cacunda... Dolorosa evolução! Cara, mas desvalorizada, descaracterizada. Tenho tido mais compaixão, afinal, muitas pessoas só conhecem essa realidade e já saem (por isso) armadas.
Por mais cafés de tarde em bistrôs.
Por mais bibliotecas e troca troca de livros, de contos, de pontos.
Por mais abraços e menos likes.
Por mais olhos cheios de água.
Por mais canções de amor poéticas.
Por mais músicas que nos toquem e não só toquem.
Por mais caminhadas na praça e bancos para assentar.
Por mais sacolés de frutas coloridos.
Por mais risos de graça.
Por mais boa vontade e menos interesse.
Por mais amor em doses homeopáticas.
Por mais corações abertos e mãos enlaçadas. Por mais calor humano, que a temperatura. Por mais luaus.
Por mais horas perdidas na chuva que no chuveiro.
Por mais embate que combate.
Por mais arte na rua que no palco.
Por mais abaixo a ditadura da magreza, da beleza e da separação de classes.
Por mais coragem pra quebrar correntes do que financiá-las.
Por mais “gente” na rua que “de rua”.
Eu era feliz e nem sabia!
Sempre gostei de redes sociais, confesso, uma evolução tecnológica que trouxe a imagem em tempo real, a facilidade e a disponibilidade em milésimos de segundo. Mas de um tempo pra cá, ando frustrada. É muita coisa escrita, reescrita, editada, reeditada, publicada, curtida e compartilhada. Mas e daí? Para os leigos, sem o domínio dos mecanismos de pesquisa e, por vezes, desconhecedores dos golpes de marketing, das máscaras e das nuances da democracia direta o que, de fato, é a verdade (se é que ela existe )? Quem detém a melhor teoria? Quem é o melhor ator? Quem canta e quem dança? Fato é, em tempo de verbalização real, em foco, in loco, nos intoxicamos e, com isso, matamos os nossos sonhos, nossas lutas e vendemos (a preço de banana) a nossa liberdade. Sinto falta de ouvir gente argumentando de pé, de olho no olho, de opiniões sem bloqueio, de dinâmica, de movimento. Quase nunca ouvia a palavra hipocrisia, mas agora, ela já se incoporou a outros conceitos e anda parasitando por ai, cada hora numa cacunda... Dolorosa evolução! Cara, mas desvalorizada, descaracterizada. Tenho tido mais compaixão, afinal, muitas pessoas só conhecem essa realidade e já saem (por isso) armadas.
Por mais cafés de tarde em bistrôs.
Por mais bibliotecas e troca troca de livros, de contos, de pontos.
Por mais abraços e menos likes.
Por mais olhos cheios de água.
Por mais canções de amor poéticas.
Por mais músicas que nos toquem e não só toquem.
Por mais caminhadas na praça e bancos para assentar.
Por mais sacolés de frutas coloridos.
Por mais risos de graça.
Por mais boa vontade e menos interesse.
Por mais amor em doses homeopáticas.
Por mais corações abertos e mãos enlaçadas. Por mais calor humano, que a temperatura. Por mais luaus.
Por mais horas perdidas na chuva que no chuveiro.
Por mais embate que combate.
Por mais arte na rua que no palco.
Por mais abaixo a ditadura da magreza, da beleza e da separação de classes.
Por mais coragem pra quebrar correntes do que financiá-las.
Por mais “gente” na rua que “de rua”.
Eu era feliz e nem sabia!