Humildade, humor e verdadede Noel

Concordo que ninguém pode e muito menos deve desdenhar da educação, da cutura, do ensino, enfim, do conhecimento. Mas, por outro lado, ninguém pode e nem também deve desdenhar, fazer pouco ou tentar (fica só na tentativa) ridicularizar a cultura popular, a cultura do povo, os saberes advindos do seio da massa, dos que nao tiveram acessoao aprendfizado e muito menos à cultura superior.

Vejam, por exemplo, que um montão de livros de escritores consagrados, pensadores, pesquisadores versam justamente sobre a cultura popular. Sobre ela se debruçaram grandes nomes das nossas letras: Darci Ribeiro, Milton Santos, Sérgio Buarque de Holanda , Gilberto Freire, Josué de Castro e o escambau de pensadores. Fizeram isso simplesmente porque a cultura do povo é a matéria-prima do intelectual. Sem a cultura popular não existe a erudida. Pensem num Olimpo sem povo, sem debater a vida do povo.Virariam comadres fuxiqueuras. O povo é razão e ovetor da cultura.

Por isso causa nao só espanto mas repulsa, o comlexo de superioridade e a pretensão babaca de alguns reacionarios de carteirinha que estão completamente obcecados com o próprio umbigo e dando vazão a uma raiva, rancor e ódio de classe absurdos. Com o agravante da covardia abissal, bater em quem não pode se defender.Quando alguém discorda do seu reacionariismo, esses chapeleiros malucos intelectuais de marré-marré rodam a baiana e taxam humildes escrevinhadores de analfabetose até de esposarem ideias malsãs. Querem pautar o pensamento. Era só o que faltava.

A esses chapeleiros malucos e reacionários falta em primeiro lugar duas qualidades: humildade e humor, sem isso a sopinha de letrinhas fica ruim paca, só toma quem é tem muito estômago. Em segundo lugar, noves-fora o humor e humildade inexistentes, falta uma gotinha de talento. E sem esse lampejo, não adianta cultura nenhuma. Nada como lembrar Noel Rosa: "Batuque é privilégio, ninguém aprende samba no colégio". Inté.