Propaganda (Social) Enganosa

 
Tentarei ser o mais conciso possível. Digamos que supostamente um cidadão supostamente de nome Marcondes mantenha relacionamento virtual com uma mulher supostamente de nome Célia. Oito meses de encontros virtuais diários sempre a noite nos dias úteis e a qualquer hora nos dias inúteis; sábados, domingos e feriados.

Célia é um espetáculo de prazer aos olhos masculinos. Mulher de meia idade, estatura mediana, curvas delineadas por todo o corpo. Marcondes é garotão, vinte e poucos anos, bem afeiçoado, homem bonito. Passa horas comendo com os olhos as fotos que Célia colocou no site de relacionamentos. Ele não vê a hora de ter aquele corpo em seus braços.

Eis que a oportunidade surge, ela quer que ele a visite em casa. Ele vai rapidamente, o sonho prestes a virar realidade, aquela desejável mulher em seus braços. Mas quando chega lá...

Célia não é nem sombra das centenas de fotos do perfil social. Talvez tenha sido há 25 anos, mais ou menos. Decepcionado sentindo-se enganado pela propaganda enganosa das belezas que não existem mais Marcondes nem entra no apartamento de Célia, dá-lhe as costas e vai embora.

Marcondes é homem do bem.

Célias, Célias, Célias... tomem cuidados com as fotos que postam em site de relacionamentos, pois no mundo há Vinícius Batistas Serras, Homens simplesmente maus, perversamente maus.

Inegavelmente há homens que não se aceitam como estão e postam fotos de 20, 30, 40 anos atrás nos seus perfis, mas não correm risco de serem esfacelados de porrada por alguma mulher.

O que vai acontecer com o canalha perverso que trucidou com a face, a alto estima e o emocional daquela senhora paisagista vai depender da grana que a família dele tem para comprar advogados. Quero dizer, pagar pelos serviços dos advogados.

Não fui nada conciso, nem supostamente.
Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 25/02/2019
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