Cada um com seus medos
Sempre que saio pra caminhar aqui no condomínio, meu olhar atento, para frente, lados e, se conseguisse virar a cabeça 360° adoraria, está relacionado ao medo que tenho de cachorros. Um arrepio percorre meu corpo e fico tensa.
Mesmo sabendo que estão presos ainda tenho a preocupação de um “melhor amigo” pular a cerca ou fazer um buraco e me atacar. Eu sei que os cães são capazes de cavar túneis imensos, pois as vezes pensávamos que o Toby - que São Francisco o tenha - e a Zefa queriam chegar no Japão, tamanho eram os buracos abertos junto a cerca.
Dia desses chamou-me a atenção, que meu medo faz com que enxergue um cãozinho pequeno como sendo um pitbul e trato logo de dar a volta, rezando para que ele não tenha me visto e venha no meu calcanhar.
A coisa é seria, não está em mim!
O que me faz sentir mais “pequena” com relação ao meu medo é quando um dono de cachorro diz “... Pode vir ele não morde, é mansinho...”! Como assim é mansinho? Aqui em casa, mesmo o Toby mordeu minha sogra e meu marido, qunado foram tentar apartar uma briga por disputas de comida com a Zefa e, quantas notícias se tem de cães que atacam seus donos?
Penso que o dono do cachorro deve saber, que, a princípio, o cão é considerado o SEU melhor amigo e não necessariamente será o amigo da visita! No meu caso, por exemplo, depois de ambientada com o cão até faço carinho, pois gosto de animais.
Admiro a pessoa que não tem medo de recolher, abrigar, alimentar e acariciar animais de rua.
Posso dizer que já melhorei um pouco e espero superar um dia, mas por enquanto fico rezando pra não encontrar nenhum amiguinho na rua, afinal – cada um com seus medos!