E lá vai o Brasil
E lá vai o Brasil
E lá vai o Brasil catando sobras para fazer um banquete. Vozes veladas, vozes de outrora ecoam hoje, vociferando o que sempre ressoou. E tudo é igual no reino sei rei, entretanto, é majestade, o manto e a coroa foram dados; dados jogados.
Na fantasia, o desenho é um risco harmonioso, mas a obra é prima de rascunhos de ontem. Os adjetivos, juízo de valor de apedeuta, começam a desaparecer da morfologia e a realidade passa a ter a interjeição de surpresa e espanto como interação atual. E lá vai o Brasil...
O verde amarelo está na moda, contudo, ninguém mandou um alfaiate costurar a roupa cidadã. O azul e branco, cor secundária do símbolo, em sua mistura deu a origem ao rosa e tudo passou a ser uma aquarela.
E a vida continua... suco de laranja, goiaba santificada e as frutas são símbolo dos novos tempos. Procura-se! Digo e desdigo! De que adianta ter em mãos uma Ferrari se não sabe dirigir? A esperança nunca guiou um barco e o fez atracar no porto! E lá vai o Brasil...
Lá vamos nós pelos mares revoltos; poucos salva-vidas; uma parte não sabe nadar. Quem vai sobreviver? Quem se afogará?. As águas estão revoltas e no leme, o comandante se esconde para não responder aos gritos de socorro. O S.O.S. foi ouvido, todavia, ignorado. E lá vai o barco Brasil à deriva...
Mas antes de tudo é melhor trabalhar, pois descansar só daqui há muito tempo, muito tempo, muito tempo... Cansei... ofegante.... Cansado...
... Lá vai o Brasil capengando...
Mário Paternostro