ORAÇÃO EM VITRAL DA CATEDRAL DE LUBECK, ALEMANHA.

Tu me chamas Mestre e não me obedeces.

Luz e não me vês.

Caminho e não me segues.

Vida e não me desejas.

Sábio e não me escutas.

Amável e não me amas.

Rico e não me invocas.

Eterno e não me buscas.

Justo e em mim não confias.

Nobre e não me serves.

Senhor e não me adoras.

Se eu te condenar, não me culpes.

SÃO LOPO, ARCEBISPO DE SENS

"São Lopo, nasceu em Orléans num berço de sangue real. Resplandeciam nele todas as virtudes quando foi escolhido para arcebispo de Sens.

Clotário, rei dos francos, entrou na Borgonha e enviou seu senescal até Sens com a missão de sitiar a cidade. São Lopo entrou na catedral de São Estevão e fez revoar os sinos. Ouvindo o som, os inimigos ficaram tomados de um pânico tão grande que acharam que o único modo de se salvarem da morte, era fugir.

Por fim, após tomar conta de toda a Borgonha, o rei enviou mais um senescal a Sens. Porém, São Lopo não foi a vê-lo levando presentes. O senescal, então, ficou louco de raiva e difamou-o ante o rei que acabou enviando-o para o exílio.

No exílio, São Lopo brilhou pela sua doutrina e por seus milagres.

Entrementes, os habitantes de Sens mataram um bispo usurpador da cátedra de São Lopo e pediram ao rei que chamasse de volta o santo exilado.

Quando o rei viu chegar um homem tão mortificado, Deus permitiu que ele mudasse de opinião a seu respeito, a ponto de se prosternar aos pés do santo bispo pedindo perdão. O rei encheu-o de presentes e restabeleceu-o na sua diocese.

Após se ter ilustrado na prática de muitas virtudes, São Lopo repousou em paz, no ano do Senhor de 610, no tempo de Heráclito, imperador de Bizâncio."

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/02/2019
Código do texto: T6582498
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