A paixão, vista como sentimento é uma espécie de motivação e incentivo para viver ligeiramente aquilo que causa prazer. O prazer é uma necessidade de realização e não somente uma visão vulgarizada da satisfação carnal. Ao contrário do amor, a paixão é bem mais avassaladora, mais autoconfiante, mais corajosa, mais desmedida, mais impulsiva, mais apelativa, mais apressada, pouco sensitiva do ponto de vista da ligação espiritual, pouco criadora de elos de eternidade e bastante inconsequente (pelo menos quanto aos efeitos causados). Dizer o que a paixão nos faz é bastante complexo, talvez seja mais simples dizer o que ela traz. Foi por paixão, esse sentimento arrebatador que muitas descobertas foram feitas ao longo da história da humanidade:
a) os cientistas se apaixonam pelas suas experiências e a partir desse envolvimento trazem respostas para as perguntas mais capciosas que a própria natureza nos aponta;
b) os doutores da lei se apaixonaram pela busca da justiça e em prol dessa materialização da mesma, aprofundaram seus conhecimentos na prática dos costumes e na criação de limites para a liberdade, na tentativa de assistir de pé, a sua verdadeira prática;
c) muitos de nós, se apaixonaram por si mesmos e descobriram capacidades jamais trabalhadas e que estavam escondidas sob os olhos imaturos e inseguros;
d) os filósofos (em sua maioria) se apaixonaram pelas perguntas e saem distribuindo versões da verdade que explicam a essência do ser.
E há um pouco de paixão em tudo, o que, na medida certa, torna o referido sentimento uma mola propulsora de sensações, emoções e ações. Mas como tudo é relativo (e esta frase perde o sentido então) a paixão tem também suas sombras que se revelam a partir das imagens que fazemos de nós mesmos, dos outros e das circunstâncias, de uma posição pouco estratégica, já que, o apaixonado corre o risco de enxergar apenas à sua frente, na ansiosa busca, alimentada pelo medo de perder e pela pressa de ter, perdendo a visão de amplitude, e negando a importância do distanciamento crítico.
Isso acontece, porque há pressa em chegar, em ter, em ser, em sentir, em viver, como se as horas que contam o relógio fossem desaparecer em segundos, como vilã.
Então o que a paixão nos traz?
A incapacidade de lidar com as esperas...
A necessidade de viver anos em dias...
A possibilidade de voar sem pensar no amanhã...
Mas também, as consequências de uma fuga voraz daquilo que outrora não foi controlado.
Ah paixão... Um pouco de emoção, quase nada de razão, mas um alento, para quem ainda não se revelou dono de sua maturidade e porque não dizer o mal necessário? Afinal, só se aprende a caminhar, caminhando... A cantar, cantando... A chorar, chorando... A viver, vivendo... O resto é hipocrisia.
E quem é que nunca se apaixonou? Ouse atirar a primeira pedra... Em si mesmo, é claro.
a) os cientistas se apaixonam pelas suas experiências e a partir desse envolvimento trazem respostas para as perguntas mais capciosas que a própria natureza nos aponta;
b) os doutores da lei se apaixonaram pela busca da justiça e em prol dessa materialização da mesma, aprofundaram seus conhecimentos na prática dos costumes e na criação de limites para a liberdade, na tentativa de assistir de pé, a sua verdadeira prática;
c) muitos de nós, se apaixonaram por si mesmos e descobriram capacidades jamais trabalhadas e que estavam escondidas sob os olhos imaturos e inseguros;
d) os filósofos (em sua maioria) se apaixonaram pelas perguntas e saem distribuindo versões da verdade que explicam a essência do ser.
E há um pouco de paixão em tudo, o que, na medida certa, torna o referido sentimento uma mola propulsora de sensações, emoções e ações. Mas como tudo é relativo (e esta frase perde o sentido então) a paixão tem também suas sombras que se revelam a partir das imagens que fazemos de nós mesmos, dos outros e das circunstâncias, de uma posição pouco estratégica, já que, o apaixonado corre o risco de enxergar apenas à sua frente, na ansiosa busca, alimentada pelo medo de perder e pela pressa de ter, perdendo a visão de amplitude, e negando a importância do distanciamento crítico.
Isso acontece, porque há pressa em chegar, em ter, em ser, em sentir, em viver, como se as horas que contam o relógio fossem desaparecer em segundos, como vilã.
Então o que a paixão nos traz?
A incapacidade de lidar com as esperas...
A necessidade de viver anos em dias...
A possibilidade de voar sem pensar no amanhã...
Mas também, as consequências de uma fuga voraz daquilo que outrora não foi controlado.
Ah paixão... Um pouco de emoção, quase nada de razão, mas um alento, para quem ainda não se revelou dono de sua maturidade e porque não dizer o mal necessário? Afinal, só se aprende a caminhar, caminhando... A cantar, cantando... A chorar, chorando... A viver, vivendo... O resto é hipocrisia.
E quem é que nunca se apaixonou? Ouse atirar a primeira pedra... Em si mesmo, é claro.