- Eu não sabia...

Conheço algumas pessoas que já andam meia cabreiras, desconfiadas e quase arrependidas de ter aderido ao efeito mandada de direita ensandecida. Alguns, que vão ser prejudicados pelas "reformas", estão dizendo baixinho e tristes: - Eu não sabia! Sabiam sim, tinham conhecimento da biografia dos candidatos, esses que eu conheoo foram avisados. Por isso quando ouço-os dizerembalbuciando esse "eu nao sabia!", digo que é hipocrisiua. Mas uma amiga, a pessoa mais suave e terna que conheço, masuito sincera, quando ouve abre a bolsa e tira um papelzinho e lê trechos de pronunciamentos do candidato dos que estão cinicamente dizendo que nao sabiam e etc ecoisa e tal. Ela com a voz terna mais firme declama para eles essas jóias do autoritarismo e prepotência:

"Através do voto nao vai se mudar nada. Sóvai mudar se partirmos para uma guerra civil, fazendo o que o regime militar não fez: matando uns 30 mil.Sevai morrer inocente, tudo bem, tudo quanto é guerra morre inocente

"Sou a favor de uma ditadura, de um regime de exceção (...) Pinochet devia ter matado mais gente (...) O erro da ditadura foi torturar e não matar(...). Deviam ter sido fuzilados uns 30 mil (...) a começar pelo Fernando Henqique Cardoso.

"Morreram poucois no Carandiru. A PM tinha que ter matado mil (...) Milícia nada ais é que umconjunto de policiais e ex policiais, regidos por hierarquia e disciplina buscando expurgar o que ha de pior na sociedade (...) Direitos humanos não são para rodos os humanos.

"Esse eé o índio que vem aqui (Brasília). Ele deveria ir comer capim ali fora para manteras origens (...) Eu fui nu quilombo. Olha, o afrodescendente mais leve pesava sete arrobas (medida de eso para anaimais, sobretudo bois) (...) Ô Preta (Gil) eu nao corro esse risco (de um filho se casar com uma negra) porque meus filhos foram muito nem educados e não viveram em ambientescomo era o tu (sic).

"Se quiser botar uma prostituta no meu gabinete eu boto. Se quiser botar minha mãe, eu boto (...). Como eu estava solteiro na época, esse dinheiro do auxílio moradia eu usava para comer gente.

"Isso não pode continuar. Tudo é coitadismo. Coitado do negro, coitado (sic) da mulher, coitado do gay, coitado do nordestino, coitado do piauiense. Vamsos cabar com isso".

Depois da leitura da amiga fez-se silêncio. Mas depois resolveram falar em futebol e carnaval. Mas todos sabam. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 23/02/2019
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