Diálogo entre um Crítico Literário e um Escritor procurando um lugar ao sol
- Não sente vergonha em plagiar “naquele” conto, explicitamente a letra da música “diário de um detento”?
- Parece um plágio, não lhe nego isso, mas, que sutileza a minha em mencioná-lo no conto chamado “e o sangue jorra feito água”! No qual pretendi criticar a violência sanguinária nas ruas, nas casas, lá da quebrada que morava há alguns anos...o que o senhor chama de plágio, chamá-lo-emos doravante de “referência”, certo?
- Impossível! Por definição uma referência não deve ser “Ipsissima Verba” de uma obra. Vejamos, “...o pilantra lá da área voltou, Kadet vermelho placa de Salvador...” esta frase Sr. F. esta frase é letra por letra copiada do Mano Brown!
- Não vejo problema sr. Crítico Literário em me apropriar de letra por letra duma frase da música dos Racionais, esta frase coube perfeitamente em minha historieta, fui elogiado pelos manos das antigas do hip hop, dei entrevista e o caralho ce tá entendo...!? nada há novo debaixo desta terra, sabia? Ainda mais na literatura, leio tomos mais tomos da literatura universal, grandes romancistas, o senhor compreende? Eu estou falando de Hemingway, Tolstói, Nabokov, Maupassant...e o que alguém poderia pretender escrever que já não fora escrito pelos grandes mestres?
- Já que o senhor insiste em defender o indefensável (o terrível plágio literário), tem algo a dizer-me sobre um conto de vossa autoria chamado “o cobrador”? Por acaso você telefonou ao Rubem Fonseca pedindo algum tipo de autorização?
- AAA vá te foder senhor crítico literário!