O PADRE MEGUMI E A PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU,EM LINS
Ao chegar do Japão, já adulto, como todos os imigrantes, foi trabalhar na lavoura. Certo dia, caiu numa fossa mal tampada. Teve uma das pernas faturadas. Apesar da intervenção cirúrgica, mancava e doía-lhe muito.
Passando em frente da Capela dos Aflitos, na Praça da Liberdade, capital, adentrou a ela, ajoelhou em frente do Altar e fez uma promessa: se ficasse livre das dores, dedicaria o resto da vida à Igreja. Atendido, cursou o Seminário, foi como Missionário por vários anos no Japão. Regressando estabeleceu em Guarulhos, onde construiu 16 igrejas. A de Lins, seria a 17ª.
Tem parentes em Lins. Só o conhecia de ouvir. No início, foi auxiliar do Pe. Eraldo.
Certa manhã, estando na secretaria da ABCEL ele apareceu para uma visita e começamos a conversar. Casado há muitos anos, perguntou. 50 anos. Vai celebrar? Não. Não estou com ânimo. Aí ele começou a fazer sermão da necessidade de comemorar tão importante data. Está bem, Padre, capitulei. Vou pedir aos convidados contribuição em dinheiro e tudo o que for arrecadado vai para a Paróquia. E assim foi feito. Fizemos outras campanhas. Lançamento de livros, CDs e a comunidade japonesa ajudou-o muito.
Uma vez por mês recebia caravana de Guarulhos. Às vezes com até cinco ônibus. Celebravam Missa, almoçavam e partiam de volta. Certo dia, perguntei ao Pe. que os liderava qual a intenção dos visitantes. Até convencer o Pe. Megumi a regressar.
Certo domingo, o Pe. Megumi telefona-me e diz que está regressando. Ele está bem, como Religioso em uma casa de abrigo para idosos.