Raivosos e covardes

Tenho - nunca neguei - um grave defeito: não sei perdoar. Mas, por outro lado, não cultivo a raiva, nem o rancor e muito menos o ódio. Sou apenas sincero nas minha opiniões e na defesa das minhas idéias. E reconheço, também, que sou meio ácido nas críticas, Mas faço isso democraticamente e sem me deixar levar por sentimentos mesquinhos e menores.

Mas há pessoas que extrapolam recorrendo ao sentimento negativo da raiva: babam de raiva dos desafetos, principalmente dos que estão impossibilitados de se defender. Às vezes nem conhecem o destinatário da sua raiva (mandam raiva até pelo reembolso postal). Babam de raiva, precisam usar até babador.Babam e á os que chegam até a latir e uivar de raiva. Alguns se rasgam tanto nos surtos de raiva, rancor e ódio que se peidam, se mijam e se cagam.

Sobre a raiva gosto do que disse Buda: "Guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com a intenção de atirar em alguém: é você quem vai se queimar". Shakespeare também foi arretado: "!A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram". Mas Maugham foi mais feliz e didático: "A cada minuto que passamos com raiva perdemos feizes sessenta segundos".

Deviam essas pessoas raivosas (e covardes, of course), que destilam raiva e faltam coma caridade e peiedade, pensar um instante, raciocinar e entender que estão deletando o que lhes resta de huanidade.

No mais, nada como insistir e lembrar aos raivosos um versoque eles detestam, o vero e o autor do verso, Chuco Buarque: "Filha do medo, a raiva é mãe da covardia". Talvez prefiram um verso mais maneiro de Lobão, Frota ou Olavo de Carvalho. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 19/02/2019
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