ANTES DE ATRAVESSAR, FISCALIZE OS CADARÇOS
Em tempos sombrios podemos tirar algumas conclusões que podem servir para amenizar e prevenir contra outro ciclo de baixa. Assistimos em menos de trinta dias alguns fatos públicos de impacto.
O estouro da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, com centenas de mortos e desaparecidos; o incêndio no Ninho do Urubu, Centro de Treinamento do Flamengo, com dez meninos da base mortos, e a queda do helicóptero em que estava, além do piloto, o jornalista mais ouvido do país, Ricardo Boechat.
Todos os casos têm em comum a irresponsabilidade dos proprietários, e o descompromisso de quem devia supervisionar. A barragem cedeu por falha na estrutura, o CT pegou fogo por falta de manutenção no sistema elétrico e o helicóptero que caiu, não era autorizado a fazer serviço de táxi aéreo.
O poder público não interviu para que a barragem tivesse a manutenção necessária, não interditou o CT do Flamengo pela falta de Alvará, e não fiscalizou uma aeronave sobrevoando a cidade de SP clandestinamente, fazendo transporte de passageiros. Se a legislação fosse cumprida não estaríamos falando sobre isso.
Portanto, fica o alerta para que façamos as manutenções necessárias no corpo, pela alimentação; no espírito, através de bons pensamentos; na profissão, com interesse; nos relacionamentos, com respeito e na política, com consciência crítica.
Lembre-se, sempre que for atravessar a rua olhe o sinal, siga pela faixa e, mais importante, fiscalize se seus cadarços estão devidamente amarrados.
Ricardo Mezavila