Sobre a efemeridade das coisas

Sobre a efemeridade das coisas, eu tenho a dizer...

Quão efêmera é uma tarde de domingo.

Quão passageiro é um beijo bem beijado,

Aqueles beijos que a língua passa entre os lábios.

As coisas são breves. Tão breves e leves,

Que ao menor dos ventos se vão.

Quão passageiras as coisas são...

As coisas não têm peso. Não tem o peso de ficar.

Ninguém se atreve a colocar o peso do sentimento, da intensidade...

Ao menor sinal de um – “eu quero ficar” – as coisas, as pessoas, se vão.

Quão efêmera as coisas são...

Um mês, dois meses, três...

Um ano, um segundo, tanto faz, tanto fez

Nove meses, dois anos, seis

Seu emprego, a faculdade, a escola

Seu marido, seu filho, seu namorado

Seu pai, sua mãe e seus irmãos

Seus colegas, amigos, tudo se vai, todos se vão

Deus não!

Você não!

A gente não!

Porque não dá para ser efêmero o que somos

Por que é a efemeridade das coisas que nos fazem ser o que somos.

Quão efêmera as coisas são.

Vai leva apenas alguns segundos a sensação dessa poesia que eu escrevi enquanto tomava uma xícara de café.

Brenner Vasconcelos Alves
Enviado por Brenner Vasconcelos Alves em 18/02/2019
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