Lembranças Que Não Podem Apagar
Quando votava no Lula em 1989,1994, 1998 e 2002, não tinha a ilusão de ser ele o salvador da pátria. Quem acompanhava o noticiário político da época, sabe que Lula nunca foi um radical de esquerda. Todos sabem que ele pertencia a uma tendência moderada do PT. Na época era “Articulação”, não sei se mudou a nomenclatura. Chegara a declarar que estava de saco cheio de brigas entre tendências no Partido dos Trabalhadores. Depois tendências que viraram siglas.
É o maior papo furado de algumas pessoas dizerem arrependidas de ter votado no metalúrgico, notava-se uma estratégia para desmoralizar Lula e o PT. Eles votavam nas putas que os parius e não no Lula. Ora bolas! Durante a campanha foram dadas todas coordenadas dos rumos ideológico do PT Bem antes das eleições já se falavam—se no PT Light.
A escolha do vice foi uma. A tal união do capital e trabalho foi outra. O compromisso assinado para o cumprimento do acordo com o FMI foi bem esclarecida para a mudança de rumo. Contudo, nos meus parcos conhecimentos políticos, Lula sempre foi e será o melhor candidato, pela sua história de vida familiar, social e política.
No governo tomou algumas duras medidas, como por exemplo a taxação dos inativos, inclusive causando saída de parlamentares petistas. Também tomou medidas acertadas como o Bolsa Família, o Banco do Povo com juros baixíssimos, o pagamento dos aposentados em cinco chamadas dos primeiros dias úteis do mês. A cota nas universidades para negros. Mas isso a grande imprensa não alardeava. As gafes, às suspeitas de corrupção e denúncias infundadas, viravam manchetes de primeira página. As elogiáveis medidas governamentais, saiam no pé das páginas internas com letras bem miudinhas.
A grande imprensa aqui, tentou ajudar a derrubar Hugo Chaves na Venezuela. Arrebentou com a Prefeita Marta Suplicy. Desmoralizou a Governadora Benedita da Silva no Rio de Janeiro, dava a impressão que ela tinha inventado a violência,num claro viés de preconceito. Lula tinha que matar dez leões por dia, para vencer os maquiavelismos da Folha de São Paulo, O Estadão, Isto É, Época, Veja e a Rede Globo.
Coxinhas, batedores de panelas, golpes na Dilma e Lula, geram outros capítulos atuais. Contribuíram em muito para a implantação do fascismo.
Lembrar o passado, é bom para o presente, e nos orientam para o futuro.
Lair Estanislau Alves.