O suposto assassinato da Srta. M*
Meu ódio imaginário, sanguinário, é como uma chaga tumefata, exposta, purulenta...confesso-me porque é Terapêutico, por tudo isso no papel, para que me libere deste ódio antigo, desta força bruta, selvagem, animalesca, sanguinária em matar uma mulher de nome M*, que tem me perturbado com mensagens insistentes, se oferece sem pudores ou mesmo utiliza-se, para se oferecer, de alguma elegância inerente a uma dama, ainda que em baixos níveis; M* nada possuía de agradável. (A seguir, falarei sobre o assassinato/holocausto de purificação, em si) O modus operandi seria... já pensei em alguns: utilizaria eu, neste caso, um ardil que aumentaria minha condenação por “assassinato qualificado” de uma dama, ainda que esta dama não tenha em si nenhuma qualidade aparente, parafraseando Humbert Humbert “...o item número um da acusação é aquilo que invejavam os serafins” (procurei esta citação por todo o livro Lolita folheei folha por folha, reli todas as frases sublinhadas, e para meu aborrecimento a citação estava lá, na primeira página). Voltemos, porque convidaria a terrível e irritante Srta. M* para algum encontro erótico que era o que claramente desejava, ela havia explicitado sua intenção pessoalmente e pelo whatsapp, desejava enfim, uma refrega carnal; então, em algum momento eu a enforcaria, o termo mais apropriado seria “esganaria” com minhas mãos firmes e inclementes, talvez dentro do carro ou dentro de algum motel e ela não faria uma força contrária de resistência (meu Deus, o que diria a “simbologia freudiana” sobre isso!) contemplaria seu rosto autista, sorrindo, chorando, mostrando a inteireza grotesca de sua gengiva com dentes pequenos, ainda numa espécie de transe ao ser morta pelo seu “deus”, exatamente como havia escrito numa história chamada “o lobo e a fêmea”, o fato dela não relutar, aceitando sua morte, me daria um prazer supremo, que seria exatamente o ponto de intercessão entre o gênese de um instinto assassino com implicações sexuais, me fazendo ter um orgasmo e um ponto de ruptura psicológico-traumático em que remido de deplorável pecado, ou como diria, Dr. Miro, depois de elaborado, enfim, seria “exorcizado” e de certa forma estaria livre deste instinto “Meirecida”!